As origens A origem desta bebida é atribuída a Hipocrates "O pai da Medicina" em 460 AC na Ilha de COS, na Grécia quando preparou uma bebida resultante da maceração das flores de Dittano e Artemísia Absinthium (Losna) em vinho branco com alto teor de álcool e de açucares.
Esta
poção com propriedades terapêuticas recebeu o nome de Vinum Absinthianum
também conhecido como Vinum Hippocraticum Na Roma antiga, já no período
de Cícero e Plínio, o Vinum Absinthianum passou a ser enriquecido com
novas ervas, plantas e frutos como o Tomilho, Alecrim, aipo, zimbro,
romã e murta, sendo recomendado contra males de estômago. Com o comércio
entre a republica de Veneza e o Oriente, chegaram as especiarias e o
vinho Absinthianum ganhou um sabor ainda mais exótico e único com a
maceração de gengibre, cravo da Índia, noz moscada , canela, coentro,
camomila e Sândalo.
A fama dos poderes terapêuticos e afrodisíacos deste vinho logo chegaria às cortes européias , especialmente no século XVII na corte da Baviera. É lá que o Vinum Absinthianum é rebatizado para VERMUT WEIN ( Vermute significa absinto em alemão.) Da Alemanha para a corte francesa, o VERMUT muda a grafia para VERMOUTH e permanece com este nome até hoje. Da França, o Vermouth chega ao Ducado de Savoia, na região do Piemonte na Itália, no final do século XVIII e é lá que o Vermouth começa a ser industrializado, conquistando o mundo inteiro. Os registros da primeira produção de Vermouth são de 1786 na Cidade de Turim. Mas a verdadeira consagração só ocorreria uns 80 anos mais tarde.
O
Vermouth no Brasil Em 1863, na cidade de Turim, Luigi Rossi, Teofilo
Sola e Alessandro Martini compram um negócio de vinhos e resolvem
adicionar ao vinho uma mistura super secreta de ervas. A bebida
resultante agrada tanto que em 1897 a Casa Martini & Rossi exporta
nada menos que 300.000 caixas de Vermouth. No Brasil, o Vermouth chega
com a Martini & Rossi em 1950 e pela legislação brasileira o
Vermouth é classificado como "vinho aromatizado composto". Mais ou menos
na mesma época, se instala no Brasil a Cinzano produzindo também o
Vermouth. A Cinzano contudo ficou pouco tempo e fechou sua fabrica no
Brasil. A Martini se consolida e amplia suas instalações divulgando a
bebida como a bebida ideal para Cocktails ( Rabo de galo em inglês).
Os Cocktails estão na moda : Negrone, Manhattan, Americano e Dry Martini. (Vide receitas no fim da materia) Na Rua Direita em São Paulo, no Mappin, se tomava às 5 horas da tarde os cocktails de Vermouth nas mesas revestidas de toalhas de linho, contrastando com a ofensiva comercial da Martini no Nordeste onde Luiz Gonzaga, o rei do Baião fazia shows populares patrocinados pela Martini.
Vale a pena abrir aqui um parêntese para
falar sobre o Dry Martini, cocktail inventado em 1930 por um Barman
italiano chamado Martini e onde o vermouth entra numa composição ínfima.
Popularizado nos Estados Unidos, o Dry Martini na opinião do escritor
Hemingway devia ser preparado mantendo o Vermouth muito ao longe.
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