quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dicas de bebidas para não errar na sua festa


Quando falamos em festas, comemorações de casamento, formaturas e aniversários costumamos  nos preocupar em oferecer a nós mesmos e aos nossos convidados o que há de melhor para esse dia tão sonhado, organizado e pensado cuidadosamente nos detalhes, muitas vezes com anos de antecedência, com a intenção de compartir nossa sincera  dose de alegria com pessoas próximas, escolhidas criteriosamente para que compartam e guardem consigo esse momento de felicidade.

Nós como profissionais também temos essa preocupação para que todos possam desfrutar ao máximo este momento, orientando nossos clientes para a melhor escolha das bebidas para sua festa.

Primeiro passo é a escolha da bebida que será servida. O ideal em festas é que nossos convidados se sintam a vontade para escolher sua bebida de preferência. Geralmente costuma-se servir bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas, dentro das bebidas alcoólicas estão geralmente as cervejas, whiskys, coqueteis e o mais festivo e sofisticado de todas as bebidas, os Champagnes ou Espumantes.

Os espumantes são sempre sinônimos de alegria, nos remetem sempre a momentos e sensação de felicidade e nunca poderá deixar de faltar em ocasiões que tem com intenção transmitir isso, por esse motivo devemos ser criteriosos na hora da escolha, prezando sempre pela qualidade do produto e também levar em conta seu custo/benefício.

Numa comemoração, uma garrafa de espumante serve 3 pessoas. Essa estimativa deve ser seguida mesmo em festas cujos convidados não bebam álcool expressivamente, pois muitos curiosos aceitarão a bebida só para experimentar ou simplesmente para fazer um brinde ao casal, no caso de um casamento, ou um brinde a comemoração. Seguindo esse cálculo, as chances de faltar bebida são mínimas, mas… e se sobrar? Bem, para evitar que isso aconteça, a dica é consignar entre 30 e 50% da quantidade calculada.

Em uma festa, por mais que a comida esteja deliciosa e o DJ tenha sido muito bem escolhido, é a bebida que vai manter os convidados animados. Por isso, é importante escolher opções de boa qualidade e que agradem durante toda a festa. Nesse caso, o Champagne ou um espumante Brut é o mais indicado. Ele apresenta cor amarelo palha, geralmente o sabor é mais harmônico e tem um agradável frescor, que convida sempre ao próximo gole.

Os frisantes geralmente são as bebidas mais consumidas em eventos em nosso estado por terem o grau de álcool menos elevado e terem uma maior quantidade de açúcar residual, que torna a bebida mais doce e mais agradável aos paladares menos habituados a beber, porém com o passar das horas ele também pode se tornar enjoativo. Dentro dessa classificação se encontra o tão conhecido e consumido frisante italiano Lambrusco.

Finalmente o mais importante, provar. Selecione lugares de confiança, especialmente aqueles que já são especializados em espumantes para festa. No Rio Grande do Norte encontramos 2 empresas que investem na seleção desses espumantes nesse segmento que são a Terroir Distribuidora em Natal e em Mossoró a empresa Oeste Trigo.  Capriche um pouquinho nesta fase, valerá a pena no final e, enquanto isso você se deliciam com alguns golinhos e já comemora antecipadamente. Normalmente, o local em que você comprar não lhe cobrará as garrafas de prova, e ao final, compre o que gostar mais!

Boa Festa!!


Por Fabiana Dall'Onder


 



terça-feira, 8 de maio de 2012

Dom Pérignon inspira David Lynch


A safra 2000 foi marcada por um ano quente, onde as temperaturas estiveram abaixo da média apenas durante o mês de julho, onde fortes tempestades com grande quantidade de chuvas e até granizo poderiam ter devastado o delicado parreiral. Ao invés disso, as primeiras uvas Chardonnay colhidas em Champagne revelaram sabores complexos, amplos, com grande flexibilidade para o envelhecimento. Já as uvas Pinot Noir se mostraram mais estruturadas e ofereceram deliciosos sabores com longa duração.

Diferente das safras de grand crus anteriores, uma certa homogeneidade foi encontrada nas colheitas dos dois tipos de uvas, que mais tarde, conferiram ao champagne Dom Pérignon Rosé Vintage 2000 um equilíbrio clássico e bem definido.

 Diferente de outros champagnes Rosé, o Vintage 2000 não possui a coloração rosácea tradicional, exibindo tons únicos com um sutil toque oriental.

 Em uma parceria exclusiva entre a Dom Pérignon e o consagrado fotógrafo e diretor de arte David Lynch nasceu a campanha publicitária que reúne o melhor de dois mundos: a habilidade do trabalho artesanal em produzir um dos melhores champagnes Vintages do mundo e a excelência nos efeitos visuais e na fotografia.

Trabalhando em uma câmera escura em seu estúdio na Califórnia por dois dias, David usou sua imaginação e criatividade para captar momentos mágicos protagonizados por uma garrafa de Dom Pérignon Rosé Vintage 2000. Entre diversas poses, uma em especial foi selecionada para representar a campanha publicitária deste majestoso champagne.

Como todo champagne Dom Pérignon Rosé, a safra 2000 está sendo comercializada em edição limitada, refletindo a excelência da maison Dom Pérignon em produzir majestosos blends utilizando apenas as uvas Chardonnay e Pinot Noir mais excepcionais. Em outras palavras, o champagne Dom Pérignon Rosé Vintage 2000 contém a essência do luxo e da sofisticação: a excelência da raridade.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Inspiração do Rock

A revista Rolling Stone e a Wines that Rock lançaram um clube do vinho para quem adora um rock. Os associados do Rolling Stone Wine Club têm direito a escolher 3 vinhos da linha Rock da Wines That Rock e ainda ganham um ano de assinatura da revista.

Os enólogos da vinícola buscam ouvir clássicos do rock para se inspirar e criar esses vinhos especiais. Eles procuram capturar toda a atitude do rock e o espírito de cada banda para dar um toque especial ao sabor do vinho.

Os vinhos disponíveis são Grateful Dead Red Wine Blend, The Rolling Stones Merlot, Pink Floyd’s The Dark Side of the Moon Cabernet Sauvignon, The Police Synchronicity Red Blend e Woodstock Chardonnay.




Fonte: Menu Especial/2012

Dicas básicas para iniciantes aprenderem a arte da degustação de cervejas

Aqui vão algumas dicas para que você aproveitar ao máximo suas degustações.
  1. Preste atenção desde o momento em que abre e serve a cerveja. O que você vê? O que você ouve?
  2. Cheire a cerveja. Muitos dos aromas são bastante voláteis, portanto perceptívies por um curto período, então não perca muito tempo e busque logo suas primeiras impressões olfativas. O álcool é perceptível? Lúpulo e malte normalmente são os mais percebidos.
  3. Observe a cerveja. Qual é a coloração? O liquido é claro, transparente? Como é o creme, ou a famosa espuma? Há muitas bolhas? De que tamanho elas são? O que acontece quando você inclina ou gira o copo? Você nota partículas suspensas ou então depositadas no fundo do copo? O líquido tem uma aparência cremosa ou mais líquida?
  4. Cheire a cerveja novamente. Se necessário, gire levemente o copo para que o aroma se solte. O que voê nota? Que aroma predomina? Você sente flores? Ervas? Caramelo? Frutas? Que tipo de frutas? Lembra algum outro aroma que você conhece? Que odores desagradáveis você identifica? Atenção pois após 4 inspirações, os sensors olfativos já começam a ficar confusos e sua avaliação prejudicada.
  5. Beba a cerveja. Antes de engolir, distribua por toda sua boca, para que tenha contato com toda a superfície da língua. Qual é o sabor predominante? É doce? Amarga? Azeda? Você sentiu álcool no final do gole ou então subindo para o nariz? Dedique um tempo para perceber as primeiras impressões.
  6. Beba novamente. O sabor inicial mudou? Como é o final de cada gole? É doce, mas como o que? Caramelos? Chocolates? Frutas? É amarga, mas qual a intensidade e como se combina com o resto? Já experimentou algo parecido? Talvez gengibre, ou então algum tipo de erva? Ou então você nota um toque azedo de limão? Muitas são as possibilidades, inclusive de identificar sabores desagradáveis como remédio e carne.
  7. Beba novos goles. É uma cerveja leve, para ser tomada em grandes quantidades num dia de sol, ou é uma cerveja mais encorpada, para dias mais frios? Você tomaria outra na sequência ou pra você é o suficiente apenas experimentá-la?
  8. Agora tente notar o sabor que a cerveja deixou em sua boca. É um paladar agradável? É duradouro ou desaparece rapidamente? É seco? Amargo? Doce?
  9. Reflita por alguns minutos. Você gostou da cerveja? O que mais te impressionou? É uma cerveja que você teria em sua geladeira? O que te faria pensar duas vezes antes de bebe-la novamente? Você recomendaria para seus amigos?
  10. Se você conhece um pouco sobre o estilo da cerveja, ou se tiver alguma referência por perto, o quanto a cerveja degustada se aproxima da descrição e características do estilo? Ela é melhor ou pior que outras do mesmo estilo que você já experimentou

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Livro da Semana: Bebida, abstinência e temperança na historia antiga e moderna


Lançado em outrubro de 2010, este livro é recomendadissimo para amantes ou não das bebidas e principalmente aos apreciadores de vinhos.

O livro aborda o significado da bebida, seus efeitos, sua relação com o divino e com a história das sociedades e discute a questão da abstinência, do excesso e da temperança, que resultaram na procura de um ponto de equilíbrio e moderação por meio de normas, regras, leis, pedagogias e etiquetas sobre como beber adequadamente, também faz comparações entre diversas fontes filosóficas, médicas e religiosas antigas e modernas.

O professor de história moderna da USP Henrique Carneiro discute também a tensa questão da abstinência, do excesso e da temperança, que resultaram na procura de um ponto de equilíbrio e moderação por meio de normas, regras, leis, pedagogias e etiquetas sobre como beber adequadamente.

Doutor em História Social e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip), Carneiro também é autor da "Pequena enciclopédia da história das drogas e bebidas e de Comida e Sociedade: uma história da alimentação", da editora Campus, e de "Filtros, mezinhas e triacas: as drogas no mundo moderno", "A Igreja, a medicina e o amor: prédicas moralistas da época moderna em Portugal e no Brasil", "Amores e sonhos da flora" e "Afrodisíacos e alucinógenos na botânica e na farmácia", todos da Xamã Editora. Junto com o historiador Renato Pinto Venancio, ele é organizador de "Álcool e Drogas na História do Brasil", da editora Amameda, e com Beatriz Caiuby Labate, Sandra Goulart, Maurício Fiore e Edward MacRae - seus colegas pesquisadores do Neip - de "Drogas e Cultura: Novas Perspectivas", da Edufba.

Deixo aqui algumas perguntas feitas ao professor Henrique Carneiro pela revista Comunidade Segura, onde exclarece melhor alguns pontos tratados no livro:


Qual o principal objetivo do livro "Bebida, abstinência e temperança na história antiga e moderna"?

O principal objetivo do livro é inventariar um conjunto de atitudes sobre o bom e o mau beber ao longo da história ocidental e tentar recuperar noções de virtudes éticas, como a da temperança, como instrumentos úteis para a autogestão das condutas de ingestões, não só de bebidas, como também de alimentos, num sentido de evitar os riscos vinculados a usos problemáticos, abusivos ou compulsivos e buscar uma ética da autorresponsabilidade em relação aos padrões de consumo.


Qual o grau de importância cultural e econômica da bebida ao longo da História?

As bebidas têm uma importância de primeira grandeza de um ponto de vista cultural e econômico. Sempre foram alguns dos mais importantes produtos no comércio desde a Antiguidade até a época moderna. Ânforas com vinho cruzavam o Mediterrâneo na época do Império Romano e o álcool destilado tornou-se, desde o século XVII, um produto central no sistema sul-atlântico, com o rum servindo, ao lado do tabaco e do açúcar, como meio de escambo para o tráfico de escravos. Culturalmente, as bebidas serviram de veículos centrais tanto para a cultura religiosa - de Baco a Cristo - como para o lazer profano.

O livro é dividido em três partes: Antiguidade Clássica, Era Judaica, Cristã e Islâmica e Época Moderna. Por que essa divisão?

Esta divisão busca contemplar a época do paganismo clássico no Ocidente, ou seja, a Grécia e Roma panteístas, o período de advento das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) que possuem um tradição vinculada entre si e entre seus livros sagrados e, finalmente, o momento de emergência da sociedade moderna, com suas características de globalização e de revolução científica.


Através dos tempos, nas diversas culturas e religiões, e mesmo dentro delas mesmas, as bebidas alcoólicas e seus efeitos são encarados de formas diferentes, da sacralização ao veto completo. Poderia citar alguns extremos?

As bebidas alcoólicas vão da sua divinização, dos cultos pagãos de Dioniso/Baco ao uso litúrgico no judaísmo e cristianismo, a uma condenação como principais fontes da tentação demoníaca ou dos prazeres carnais, como ocorre entre os espartanos na Grécia antiga, no islamismo ou numa parte expressiva do protestantismo contemporâneo que passou a defender a proibição como meio para se obter uma sociedade totalmente abstinente.

O que pode ser considerado temperança ou moderação? Existe alguma sociedade, religião ou cultura que domine essa qualidade ou os excessos estão invariavelmente presentes?

A moderação ou temperança tem sido um ideal ético, estético e dietético de boa parte das tradições religiosas, filosóficas e médicas. Seu ponto ideal é a equidistância dos extremos, sendo um deles o excesso e o outro a carência. Assim, a abstinência também é um excesso.

Sua formulação vem dos filósofos clássicos como Platão e Aristóteles, passa pelo Cristianismo e chega aos expoentes do Renascimento e da Ilustração, compondo, assim, uma rica tradição que busca ordenar os comportamentos de risco por meio da autoeducação dos cidadãos que devem buscar os seus próprios limites num processo de autoaprendizado espelhado pelo exemplo dos seus parceiros sociais.


As sociedades e culturas podem ajudar os indivíduos a se manter próximos do ponto de equilíbrio? Normas, regras, leis e etiquetas têm se mostrado eficazes?

Sim, as normas e etiquetas são, em geral, mais eficazes do que as leis em relação a condutas pessoais e corporais, pois o consentimento público é mais convincente do que a coerção estatal. De gregos a árabes, de romanos a persas, os usos das bebidas foram regidos por normas éticas, estéticas e médicas, mais do que por leis impositivas.

As sociedades posteriores à Revolução Industrial viram, entretanto, um novo ordenador das condutas, que é o mercado e suas injunções, se tornar o foco da incitação a um consumo excessivo de tudo, levando a padrões desequilibrados que respondem a necessidades de lucro amplificadas pela técnica insidiosa da propaganda. Nesse universo capitalista, as mercadorias se apossam dos indivíduos, levando-os a uma hipertrofia de consumos compulsivos que desafiam as regras e normas da medicina, do equilíbrio e até mesmo do bom senso.





quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sabores indesejáveis no vinho

Cientistas na Austrália sequenciaram o genoma da brettanomyces, uma levedura responsável pela produção de sabores indesejáveis ao vinho. Eles esperam que a descoberta possa ser usada para eliminar problemas de vinificação.

A brettanomyces pode estar presente em algumas vinhas, contaminando os barris ou outros recipientes de armazenagem da adega.
Quando a brettanomyces está presente no vinho em níveis suficientemente altos, ela pode produzir sabores desagradáveis, variando de couro a caça, metal ou medicinal.

Uma equipe do “Australian Wine Research Institute” - AWRI, liderada pelo pesquisador Chris Curtin, anunciou o seqüenciamento genético da Dekkera bruxellensis, a levedura responsável pelo que muitos degustadores chaman de "brett". A pesquisa foi publicada na edição de novembro / dezembro do “Wine and Viticulture Journal". Embora a brett não seja perigosa para a saúde humana, as opiniões divergem sobre se níveis detectáveis de brett possam destruir um vinho ou se pequenas quantidades possam aumentar sua complexidade. A maioria dos viticultores diz querer evitá-lo.

A AWRI, financiada pelas vinícolas da Austrália, acompanhadas pelo governo australiano, vem mantendo uma cruzada contra a brett desde o início dos anos 90, quando os pesquisadores notaram níveis inaceitavelmente altos de brett nos testes de laboratório de vinhos comerciais efetuados pela organização. Iniciaram então uma campanha educativa para mostrar aos enólogos como usar o dióxido de enxofre, manter a higiene da adega e o controlar o pH para se evitar a presença da levedura. Hoje, a Austrália já reduziu em 90% o número de vinhos infectados pela brett.

Em uma descoberta perturbadora, no entanto, testes com vinhos produzidos entre 1998 e 2005 identificaram uma espécie resistente ao sulfito em 85 por cento das amostras. "E continua crescendo", acrescentou Curtin. "Então sequenciamos o genoma e descobrimos que a brett tem um terceiro tipo de DNA. Achamos que encontramos o gene que está fazendo esta espécie ser mais tolerante ao sulfito. Se pudermos encontrar o seu calcanhar de Aquiles, poderemos proteger a indústria contra a brett".

WineSpectator, dez/11