sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

The Macallan 64 anos em Decanter Lalique

Fundada em 1824, a The Macallan foi uma das primeiras destilarias de malt whisky da Escócia. Quase 200 anos depois, o endereço em Speyside permanece intacto, sob o castelo Easter Elchies House, considerado um lar espiritual da The Macallan.

Desde então, o segredo dos whiskies da marca é o meticuloso processo de destilação, que vem sendo preservado desde o início do século XIX. A dedicação e a habilidade dos Master Blenders faz toda a diferença no que diz respeito à escolha dos melhores ingredientes – cevada, levedos e água – para a composição do whisky, na utilização de técnicas especializadas que usam apenas a melhor porção da bebida produzida (cut), nos cuidados durante a fase de envelhecimento, utilizando barris de carvalho de excelente qualidade… Enfim, há um conjunto de fatores que tornam o The Macallan um verdadeiro nectar dos deuses.

Recentemente, o mais raro e mais antigo whisky The Macallan foi leiloado por um valor que superou todas as cifras anteriores, tornando-o o whisky mais caro do mundo. O The Macallan 64 anos foi maturado desde 1946 em barris de carvalho espanhol e se tornou o whisky mais antigo já produzido na história da destilaria.

Para celebrar os 150 anos do nascimento de René Lalique, fundador da mais tradicional grife de cristais francesa, o The Macallan 64 anos foi acondicionado em um decanter de cristal especialmente desenvolvido pela Lalique em Paris.

A união da The Macallan e da Lalique, desde 2004, forma uma das mais finas e criativas parcerias entre a Escócia e a França, uma verdadeira celebração de duas grandes tradições nacionais.
O decanter foi feito artesanalmente, empregando uma técnica conhecida como Cire Perdue, ou ‘cera perdida’, uma antiga prática utilizada para confeccionar grandes peças em bronze, a partir de moldes de cera. Em seguida, a garrafa recebeu dedicação especial de artesãos da Lalique, que finalizaram o trabalho gravando manualmente os detalhes que decoram ricamente este decanter.

Desde o mês de abril, o The Macallan 64 anos em Decanter Lalique participou de exposições ao redor do mundo, arrecadando doações para a ONG charity: water, uma instituição não governamental empenhada em levar água potável às populações mais carentes dos países subdesenvolvidos.

O primeiro evento beneficente foi realizado em Paris, passando por Londres, Madri, Johanesburgo, Moscou, Cingapura, Hong Kong, Shanghai e Tóquio, antes de aterrisar em seu último destino – Nova York. Em cada roadshow, o The Macallan 64 anos contou com a participação de celebridades, artistas e grandes empresários, e possibilitou a arrecadação de milhares de dólares para a ONG charity: water.

Em Nova York, o The Macallan 64 anos em Decanter Lalique foi leiloado pela Sotheby’s, no último dia 15 de novembro, e foi arrematado por US$ 460 mil, batendo o recorde mundial e se tornando o whisky de valor mais elevado do mundo. Esta arrecadação também foi doada integralmente para a ONG charity: water.

Isso só foi possível graças à tradição e a reputação inabalável da The Macallan em produzir malt whiskies que são desejados por colecionadores do mundo todo.

Preço: US$ 460.000 – valor do arremate no leilão da Sotheby’s em Nova York

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SubAstor desvenda universo da coquetelaria

Sem uma tradição consolidada no Brasil, a coquetelaria ainda é temática pouco explorada e vista por muitos como inacessível. Em São Paulo, no entanto, o Sub, instalado desde 2009 no subterrâneo do Astor, é autoridade no assunto e resolveu abrir as portas para quem quer se aprofundar neste mundo, criando a primeira plataforma digital inteiramente voltada para o universo da mixologia (http://www.subastor.com.br/app). O aplicativo foi pensado para aqueles que nunca provaram um drinque, quem está dando os primeiros passos e buscam mais informações, e também para os experts, que podem utilizar o projeto como um ponto de troca de informações sobre as novidades e tendências sobre bebidas.

Assim nasceu o app, que possibilita que o cliente viva novas experiências navegando por histórias, dicas, receitas e belas imagens. Ao passear pela plataforma é possível encontrar informações divididas em três blocos. Um deles conta a trajetória do Sub, mostra o papel do bartender e alerta para o consumo de álcool com responsabilidade. Outro faz uma introdução sobre destilados e fermentados. E um terceiro traz 20 vídeos, 53 receitas com fotos e a origem de cada um dos drinques. O destaque, no entanto, fica por conta da ferramenta de busca pelos diferentes coquetéis servidos no Sub a partir de uma barra de rolagem que combina sensações (frutada, amarga, herbácea e cítrica) e bebidas (gim, espumante, vodca, entre outros). Se escolher, por exemplo, uma mistura picante preparada com cachaça, visualizará na tela o The Wallpaper, um dos hits do menu.

O aplicativo, assinado pelo Sub e desenvolvido em parceria com a KNS, produtora de conteúdo digital, chega ao mercado de forma simples e acessível. Desde o mês de novembro está disponível em dois IPad no salão do Sub. Agora já é possível baixá-lo de graça em Ipad, em iPhone e acessá-lo via web, pela página do bar no Facebook. O material pode ser visto em português, inglês e espanhol. Tudo, porém, é só a primeira das novidades. Em breve, a plataforma ganhará outras áreas com mais vídeos e textos, além de um blog, atualizado semanalmente por Junior W.M com temas relevantes sobre mixologia e bartending. Junior chegou recentemente a Companhia Tradicional do Comércio para coordenar o bar do Sub, do Astor, do BottaGallo, do Original, do Pirajá e do Venga! e vai alimentar o blog nos mesmos moldes do trabalho que fez por anos com sucesso no site Papo de Homem, em que assinava como Dr. Drinks.


Serviço:
End: embaixo do Astor
Rua Delfina, 163, Vila Madalena – (11) 3815-1364.
São Paulo/SP


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Comidas regionais do seridó

Caicó é um município brasileiro do interior do estado do Rio Grande do Norte, principal cidade da região do Seridó, localizada a 256 km da capital estadual, Natal.

Caicó possui uma rica identidade gastronômica devido produção de leite, carne-de-sol e do queijos de manteiga e de coalho.  Possui pratos típicos como o arroz-de-leite, munguzá, farofa d’água, paçoca de carne de sol, carne-de-sol-assada, umbuzada, filhós de mel e suco de cajarana.

Além dos pratos típicos da culinária regional, é possível encontrar também uma culinária contemporânea criada  pelo talentoso chef Sandro Medeiros, do restaurante Brilhante que, a parti dos produtos encontrados na região,  cria seu próprio menu, utilizando-se da criatividade e conhecimento, capta toda a essência dos sabores locais combinando técnicas regionais e contemporâneas, criando pratos que transmitem toda a riqueza da região.

Ao lado da esposa Rosineide Medeiros, que é seu braço direito para suas inspirações, auxilia na elaboração das preparações, uma delas é o caviar de caju, que o casal  prepara a receita cortando caju em cubinhos e cozinhando com tomate, cebola roxa, pimentão, alho, azeitonas, alcaparras, vinagre balsâmico e molho shoyo.

Sandro,  além do dom para cozinha, carrega consigo também o sobrenome que herdou do antepassado Jesuíno Brilhante, considerado o primeiro cangaceiro do RN.

Brilhante tem em seu cardápio pratos como o rondelli de macaxeira com carne de sol, o kibe de carne de sol recheado com queijo de manteiga, o tortellini de macaxeira também com carne de sol e queijo e até a Bruschetta do Seridó, feita com batata doce, manteiga de garrafa, carne de sol e queijo coalho ralado.
A fusão desses ingredientes combinados pelo chef são extremamente harmônicas, quando mesclados com caju, uma de suas iguarias mais exploradas, Sandro procura ameniza o amargor do cajú e manter vivo o leve gosto do doce que possui. Para servir o caviar de caju, Sandro desenvolveu ainda um biscoito de macaxeira, feito com a própria macaxeira, queijo de coalho e farinha de trigo sem fermento.

Parabéns pelo lindo trabalho!!!
  
 Restaurante Brilhante
Rua Joel Damasceno, 833
Caicó
(84)  3417-3866

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Whiskys e charutos

Um bom charuto pede uma boa bebida.
Entre as opções alcoólicas o whisky se destaca como o destilado mais conhecido do mundo. As inúmeras marcas e os diversos tipos de whisky permitem combinações preciosas com charutos premium.

O charuto é o cachorro enrolado, assim como o whisky é o cachorro engarrafado, para usar a metáfora do inesquecível poeta e compositor Vinícius de Moraes. Não há melhores amigos do homem, principalmente se os dois forem saboreados simultaneamente.

Para chegar a uma combinação feliz entre whisky e charuto é preciso analisar as características de ambos e tentar harmonizações a partir de alguns princípios básicos, levando em conta os estilos disponíveis dos dois prazeres. É necessário levar em conta esses princípios para obter uma combinação agradável.

O paladar de um charuto suave e fresco é diferente em termos de peso e nuances do que de um charuto meio fumado, e é diferente em cada avanço da banda.


Evolução

Com ou sem charutos, o whisky deve ser saboreado puro, sem gelo, com algumas gotas de água neutra para ajudar a liberar seu aroma característico. Assim ele revelará seu caráter por inteiro, mas aos poucos. Um bom whisky evolui no copo, apresentando após alguns minutos características diferentes de sabor e perfume, ou um equilíbrio distinto entre os diferentes elementos de sua composição.

O mesmo ocorre com os charutos premium, que evoluem durante a fumada, liberando suas qualidades conforme o fumante percorre os três terços em que classicamente eles são divididos.

Sendo assim, o harmonização entre charutos e whiskies não deve levar em conta apenas os traços clássicos de aroma e sabor, mas também o fator tempo, ou evolução. No quesito harmonia (charuto e whisky, como se pode ver, dá samba) como na maioria das harmonizações temos duas opções: combinar por afinidade (sabor doce, aroma floral ou amadeirado etc.) ou contraste (doce e azedo, pungente e suave). A experiência mostra que, no caso, os melhores resultados estão nas harmonizações com afinidade – principalmente entre os representantes mais intensos e potentes.

Charutos e whiskies se destacam por certos traços. Os charutos, se forem puros encorpados, intensos, em que tabaco, terra, couro, especiarias e madeiras se destacam, podem abafar certos traços mais sutis dos whiskies, como nuances florais, amêndoas e baunilha. Da mesma forma, whiskies complexos pesados, como os de puro malte da ilha de Islay (Laphroig e Lagavulin, por exemplo), intensos em sabores e odores marítimos ou turfa, encobrem certas sutilezas de fumos mais suaves.

Por Celso Nogueira
 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tampas de rosca e rolhas sintéticas

Os puristas odeiam, mas os defensores da tampa de rosca alegam que ela é fácil de se abrir e de se fechar após o consumo, o que aumenta o potencial de conservação da bebida depois de ter a garrafa aberta. O uso de tampas de rosca ou mesmo de rolhas sintéticas nos vinhos é uma alternativa à escassez da tradicional rolha de cortiça, que é hoje um dos itens mais caros no preço do vinho. Uma rolha custa aproximadamente US$ 1. Elas são caras porque a cortiça é extraída da casca do sobreiro, uma árvore só existente nos países ibéricos (Portugal e Espanha) e cuja casca leva 30 anos para regenerar-se.

Uma vertente de enólogos sustenta que a tampa de rosca ou a rolha de cortiça não interferem no sabor de vinhos novos, mas a polêmica é grande. Os alarmistas garantem que se o consumo de vinho continuar a crescer no ritmo atual, não haverá mais rolhas de cortiça até os meados deste século.

Vejam alguns bons argumentos para passar a entender melhor o uso:

1. Em primeiro, e mais importante, lugar: elas não afetam o vinho.
As rolhas, elaboradas com a casca do sobreiro, estão sujeitas a fungos e contaminações que podem modificar diretamente o vinho.

2. Não estão sujeitas a movimento.
Por serem seladas com alta-pressão, mudanças de temperatura e pressão interna da garrafa não podem permitir a entrada de oxigênio nas garrafas, como podem quando são suficientes para movimentar as rolhas.

3. O isolamento é completo, impedindo a oxidação prematura do vinho.
De forma que podemos esperar de cada garrafa exatamente o que se declara dela, sem variações abruptas de características e de qualidade.

Sem dúvida nenhuma o vinho está imageticamente relacionado às rolhas de cortiça e aos saca-rolhas, ao ritual do corte das cápsulas e ao trabalhoso (e às vezes cansativo) esforço de se retirar a rolha. Não teremos, porém, escapatória: cada vez mais vinhos, de diferentes níveis de qualidade, utilizarão as novas, seguras, mas menos estéticas tampas de rosca.
A Screwcap Initiative, grupo neo-zelandês de viti-vinicultores que difunde a utilização da tampa de rosca, possui um completo site com todas as informações necessárias sobre o funcionamento e utilização das tampas de rosca e rolhas sintéticas.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dicas para degustar vodkas

A Vodka é uma bebida destilada popular, incolor, quase sem sabor e com um teor alcoólico entre 35 e 60%. A vodca é a bebida nacional da Rússia, sendo que o nome vodca é o diminutivo de água  ("aguinha") em várias línguas eslávas, contudo não se tem certeza da origem etimológica. 

Assim como o vinho, a cerveja e o uísque têm características marcantes e informações presentes em suas embalagens, produtores de vodca têm buscado o mesmo caminho, porém ainda há muita desinformação sobre o assunto. Como saber, então, avaliar o sabor dessa bebida?

O que nos facilita é ter sempre o conhecimento prévio sobre os estilos e classificações, para melhor  avaliar.

Existem 3 tipos de vodka básicos, sendo classificados como:
  • Ocidental - prima pela pureza e claridade, possuindo aroma neutro e um sabor de álcool limpo combinado à suavidade. As técnicas de produção levaram a uma vodca com mínimas quantidades de resíduos aromáticos e de sabor;
  • Polonês - é caracterizada pela pureza, mas cria uma vodca de sabor e aroma mais acentuados. Possui um discreto aroma adocicado e um paladar suave, onde o sabor adocicado demora a desaparecer. São ligeiramente mais oleosas;
  • Russo - bebidas muito suaves de sabor marcante e agradável, marcado por uma sensação de queima depois de ingeridas

Como avaliar?
Após estabelecer que existem diferenças entre as vodkas (tipos e estilos), devemos também levar em conta o processo de destilação, onde algumas são destiladas em colunas e outras, após a destilação em coluna, também passam por outra destilação em alambique de cobre, que confere maior complexidade no sabor e nos aromas. É muito importante também levar em conta à partir de qual matéria prima a vodka foi fermentada (grãos ou uva).

A inspiração vem do mercado de diamantes, que usa a ferramenta de 4 Cs para avaliar uma pedra. São elas: cut, color, clarity and carat (corte, cor, clareza e quilate). Já os 4 Fs devem ser apoiados pelo histórico de produção da bebida, assim darão base para uma avaliação mais completa do produto. A degustação não deve necessariamente avaliar se um produto é melhor do que o outro, mas sim, qual se adapta melhor à finalidade desejada. Desse modo, o consumidor poderá saber com certeza como deve ser servida a vodca.

Fragrance: odor, essência ou perfume;
Flavour: a reação sensorial através do estímulo do paladar;
Feel: a impressão física do líquido na boca;
Finish: a sensação que fica na boca após engolida a bebida. O que ela deixa?

Passos para degustação:

1. Coloque a vodka escolhida em um pequeno copo e deixe alguns minutos até que o copo e o liquido fiquem à temperatura ambiente.

2. Primeiro, cheire a vodka. Perceba se o cheiro do álcool sobe rapidamente e queima ou faz arder seu nariz e olhos ou, se o cheiro é apenas forte, mas agradável.

3. Segundo, beba um pequeno gole e espalhe a vodka na frente da boca, depois na parte de trás da boca, antes de engolir. Sinta se a vodka queima as papilas gustativas ou somente as revigora.

4. Terceiro, respire fundo imediatamente antes de engolir e sinta como o vapor alcoólico chega à garganta. Novamente, perceba se é uma sensação de ardência ou uma queimação agradável.

5. Engula esta pequena quantidade e identifique onde você começa a sentir a bebida conforme ela desce.

6. Finalmente, beba o restante e engula. Perceba se a sensação de queimação se inicia na garganta e depois desce. Ou, se a queimação se inicia no estômago e sobe para o tórax.

7. Aprecie a pós-degustação. Há alguma sensação residual? Com algumas vodkas você pode detectar um sabor de alcaçuz ou de anis no fundo da boca. Este é um sinal de que você bebeu uma vodka destilada de grãos.

8. O paladar de cada um de nós é uma característica individual, no entanto, todos podemos distinguir uma vodka de qualidade se soubermos como avaliá-la.

Com o passar do tempo e o aprimoramento do paladar, seremos capazes de distinguir as características e  qualidade da vodka para apreciá-la cada vez mais.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A historia do mundo em 6 copos

Entre meio a termos técnicos, em discutir ou encontrar aromas e sabores, o mundo das bebidas é bem mais amplo e curioso do que podemos imaginar. Segue abaixo a dica de um inusitado livro, ja lançado a alguns anos, mas uma ótima referência para aqueles iniciados ou iniciantes no tema das bebidas, comentado por Jerônimo Teixeira.


Nas primeiras linhas de História do Mundo em 6 Copos (tradução de Antônio Braga; Jorge Zahar; 240 páginas; 32,50 reais), o leitor é informado de que um ser humano pode sobreviver semanas sem comer, mas duraria apenas uns poucos dias sem líquidos. Esse fato fisiológico simples serve como um lembrete dramático da importância do tema do livro – as bebidas e sua influência na história.

O jornalista inglês Tom Standage, editor de tecnologia da revista The Economist, demonstra que a bebida é uma necessidade vital não apenas para o indivíduo, mas também para as civilizações. De acordo com sua argumentação, os seis copos anunciados no título – cerveja, vinho, destilados, café, chá e Coca-Cola – serviram de esteio econômico para impérios e ajudaram a moldar a cultura de sucessivas eras. Sem a invenção dessas beberagens maravilhosas, o ser humano dificilmente teria deixado a vida de nômade para se fixar em aldeias, vilas, cidades. Aglomerações humanas tendem a contaminar as fontes de água pura. A cerveja foi um dos primeiros meios de contornar esse problema: o álcool produzido pela fermentação do cereal garantia que o líquido seria razoavelmente salubre.

A bebida era, além disso, uma fonte alternativa de calorias que não corria o risco de ser devorada por insetos ou bichos. Sumérios e egípcios estão entre os povos antigos que adotaram a cerveja como sua bebida preferencial. Um provérbio do Egito antigo rezava que, se um homem está contente, sua boca só pode estar cheia de cerveja. Os gregos preferiram o vinho e fizeram dessa bebida uma forma de distinção cultural. Seus banquetes tinham regras estritas para a diluição da bebida – tomar vinho puro era prática dos povos "bárbaros". O Império Romano herdou esse gosto pelo vinho, acrescentando um toque mais elitista a seu consumo: nas festas romanas, vinhos de diferentes qualidades eram servidos de acordo com a posição social de cada convidado.

A julgar pelo largo hiato cronológico no livro de Standage, a Idade Média foi um período de gargantas secas. É verdade que os árabes então se dedicaram a aprimorar métodos de destilação – mas foi só com a expansão colonial do século XVI que o conhaque, o uísque e principalmente o rum entraram na corrente sanguínea do comércio mundial. Fáceis de conservar, os destilados se prestavam para as grandes travessias marítimas. O rum chegou a ser usado como moeda para comprar os escravos africanos que, no Novo Mundo, plantariam cana para a produção de açúcar – e de mais rum. Depois dessa vasta era alcoólica, 6 Copos conduz o leitor aos tempos racionalistas da cafeína, estimulante que se encontra no café, no chá e na Coca-Cola. Assim como os destilados, o café é uma herança árabe adotada com entusiasmo pela Europa.

Prestava-se à socialização e à troca de idéias: a partir do século XVII, os cafés de Londres e Paris criaram um ambiente democrático para as discussões de filósofos, cientistas e homens de negócios. Originário da China, o chá invadiria a Inglaterra no século seguinte para se tornar a bebida-símbolo do imperialismo britânico. A Coca-Cola herdou essa aura imperial: inventada por um farmacêutico charlatão de Atlanta, sul dos Estados Unidos, no fim do século XIX, acabaria se convertendo num estandarte do poderio econômico americano. É também a marca mais conhecida do planeta – ou seja, a mais globalizada das bebidas. A globalização, porém, não trouxe a uniformização pasteurizada que seus críticos mais apocalípticos temiam. O vinho, o chá e outras bebidas que conferiram identidade a impérios hoje extintos ainda freqüentam as mesas de todo o mundo. Nunca antes na história os copos foram tão ecléticos – e democráticos.

Fonte: Revista Veja

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cervejaria Brewdog

Esta cervejaria escocesa está em uma missão: quebrar todas as regras e mostrar o verdadeiro sabor que a cerveja deveria ter e criar a maior cervejaria independente da Escócia.

A marca foi criada por James Watt e Martin Dickie em abril de 2007, quando ambos tinham 24 anos e estavam cansados das mesmas lagers e ales industriais de sempre no Reino Unido.

A dupla se especializou em receitas extremas, mais notadamente as com teor alcoólico impactante – da Tokyo, com seus 18%, até a Sink the Bismarck, com obscenos 41%, nascida em disputa com uma cervejaria alemã pelo troféu de receita mais potente do mundo.

A grande idéia dos amigos foi produzir cervejas de vários estilos mas com características marcantes principalmente de paladar e aromatização. Acreditem, uma Lager deles é idêntica à uma Ale, isso porque eles não têm dó de Malte e Lúpulo em suas cervejas. A linha, porém, também tem cervejas mais “light”, e a Paradox é uma delas. Com “apenas” 10% de teor alcoólico, ela é uma imperial stout maturada em barris de carvalho usados, inicialmente, para armazenar Bourbon nos Estados Unidos, depois uísque na Escócia e, por fim, viraram morada da Paradox.

Outra coisa que eles adoram é uma polêmica, tudo para caracterizar a marca pelo que ela tem a propor: Renovação. Diversas propagandas da BrewDog é nitidamente visível a aversão à cervejas "fraquinhas".

Fica ai o post e as impressões em homenagem a Acerva, onde degustamos um exemplar desta interessante cervejaria.

Brewdog PUNK IPA

Cor âmbar, levemente turva. Espuma cor branca de boa densidade. Boa formação e duração.
Aroma de malte, adocicado, leve caramelo, herbal, floral ,mel, cítrico e lúpulo bem presente. Aroma bastante agradável e com boa complexidade.
No paladar malte, adocicado, lúpulo, herbal, floral, cítrico e mel. Bom corpo e média carbonatação. Toque levemente picante na boca, com retrogosto amargo.
Boa cerveja. Com boa presença do lúpulo.


www.brewdog.com

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jack Daniel´s, o whisky do rock - Um pouco da história

Jack Daniel’s é unanimidade, muitos o consideram o melhor whisky já produzido no mundo , preferido de 9 entre 10 roqueiros ,principalmente na geração mais furiosa do rock ,é quase um símbolo de status e estileira rock’n’roll. Caminhou junto fora dos holofotes nos bastidores, hotéis e bares enlouquecidos em todos os momentos que marcaram o velho chavão “sexo, drogas e rock’ n roll”. Também pode se dizer tranquilamente que Jack Daniel’s é sinônimo de bom gosto para quem aprecia um bom destilado, porque somente um entendido no assunto saber reconhecer a diferença de seu sabor e o prazer de seu efeito quando moderadamente apreciado.

A História de Jack Daniel , seu criador é fantástica, porque ele assumiu o controle do que seria uma marca famosa mundialmente no passar dos anos, com apenas 13 anos de idade e muita obstinação. Como a Monotongo é cultura e o Jack Daniel’s faz parte da cultura mundial, nada mais perfeito do que narrar a trajetória dessa marca para que você entenda como nasceu e prosperou o whisky mais velho e mais Cult do mundo.

O COMEÇO DE TUDO EM 1846

“Jack” sempre foi o apelido de Jasper Newton Daniel, nascido em Lynchburg no Tenesse em 5 de Setembro de 1846,o caçula entre uma família de 10 irmãos. O menino nunca chegou a ter uma convivência perfeita com sua família, sua mãe veio a falecer quando ainda era um bebê e seu pai casou-se novamente alguns anos depois, Jack nunca aceitou o gênio de sua madrasta, tornando-se um garoto problema para a família, o que fez com que aos 6 anos de idade passasse a morar na casa de seu tio. Ainda garoto veio a conhecer a pessoa que mudaria os rumos de sua vida, o pastor Luterano Dan Call, Dan era proprietário de um armazém e também de uma pequena destilaria da qual Jack havia se encantado. Jack começou trabalhando com Dan em seu armazém, mas nunca escondia a vontade de trabalhar na destilaria de seu patrão, Dan acabou prometendo a Jack que ele poderia visitar a “casa” quando quisesse e que ainda lhe ensinaria como produzir o melhor whisky do mundo.

Quando a guerra chegou ao condado de Lincoln, nas colinas de Moore County, em 1861, Jack ainda tinha muito pouca idade para servir e seu patrão decidiu abrigá-lo de maneira mais segura como aprendiz em sua destilaria ensinando ao garoto o método “Sour Mash”(Mash significa a mistura de 70% de milho com trigo ou centeio e malte de cevada e Sour é processo de fermentação para assegurar a consistência de Ph) e aperfeiçoando o método exclusivo chamado de “ processo de Lincoln County”.

Em 1863, o pastor acabou pressionado por sua esposa e toda sua congregação devido a seu envolvimento com a fabrica de um produto que produzia tantos males, o álcool e o colocaram na parede entre seguir seu caminho como fabricante ou continuar sendo ministro de sua congregação luterana, foi quando o pastor decidiu vender sua fabrica para seu aprendiz Jack Daniel, que tinha apenas 13 anos de idade na época. Com a fabrica sob seu comando Jack logo descobriu que havia um local próximo de Lynchburg que oferecia as condições climáticas e naturais perfeitas para a fabricação de sua bebida, garantindo á ela uma qualidade ainda melhor, o local possuía uma caverna de pedras calcarias da qual vertiam água de uma pureza inquestionável e ele também levava em consideração tratar-se de terras abundantemente carregadas de arvores de frutas doces, para começar uma nova e mais arrojada etapa em seu negócio o local era perfeito.

A crise entre os estados americanos na época acabou sendo uma pedra no sapato de Jack Daniel, percebeu que o governo federal logo passaria a tributar seu produto se continuasse clandestinamente e aos 16 anos foi a primeira destilaria a ser registrada nos Estados Unidos. A formula usada no feitio de Jack Daniel’s tornou a bebida cada vez mais apreciada , um processo baseado na lenta filtragem do whisky através do carvão produzido pela arvore de bordo de açúcar e naturalmente a água de nascente pura da fonte de calcário, um processo de fermentação natural e sem aditivos químicos. Em 1904 Jack entrou com seu produto no festival de St Louis World competindo com as mais velhas e mais tradicionais marcas da Europa e acabou levando medalha de melhor whisky do mundo. Em 1905 ganhou o premio de prestígio na Bélgica e a essa altura já possuía cliente em todo o mundo. O Whsiky Jack Daniel’s conquistava sua fama. Jack continuou a tornar seus negócios cada vez mais lucrativos e expandiu violentamente até que em um acidente banal seu destino mudou.

A MORTE INUSITADA DE JACK

Tentando abrir um cofre que havia emperrado Jack chutou o objeto de metal com violência esmagando um de seus dedos , a ferida não curou direito e o ferimento gangrenou ,a saúde de Jack piorou até que veio a falecer em 1911, apos 6 anos doente.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A clássica combinação entre queijos e vinhos

Queijos e vinhos sempre foi o casamento perfeito dentro da enogastronomia, mas é necessário ter em conta algumas regras para que essa combinação realmente seja efetiva. Devido as inúmeras perguntas e dúvidas que encontro em degustações e cursos que ministro, decidi colocar algumas dicas de como organizar uma mesa corretamente, escolher os queijos e respectivos vinhos, calcular o consumo médio por pessoa, custos e principalmente...combinar estes dois produtos!

A Mesa
O primeiro passo é escolher ao menos 5 tipos diferentes de queijo, que devem ir do suave ao mais picante. Acomode-os em bandejas por toda a mesa, sem entretanto cortá-los ou fatiá-los. Disponibilize pratos, garfos e facas de sobremesa. Como sugestão para as variedades você poderia compor sua mesa com:

15% de queijos de mofo branco, como o Camembert, o Brie e o Chamois D'Or.

15% de queijos de mofo azul, como o Gorgonzola, o Chamois Bleu, o Crem'Azur e o Roquefort.

20% de queijos tipo suíços, como o Gruyère, o Fol Epi e o Maasdamer.

25% de queijos suaves, como o Gouda, o Itálico, o Saint Paulin, o Lou Palou e o Emmenthal.

15% de queijos de sabor forte, como o Port Salut, o Parmesão, o Chavroux, o Provolone, o Cheddar e o Limberger.

10% de queijos cremosos com sabores especiais, como o Rambol nas versões Saumon, Fines Herbes, Provençale, Noix e Poivre Vert.

Coloque os queijos sobre tábuas ou suportes de madeira e cada uma com sua faca, para não confundir aromas e sabores.

Maçã vermelha é ótima parceira para o queijo Brie, Já a maçã verde, ressalta o sabor do Camembert. As uvas dedo-de-dama combinam com todos os queijos. A pêra faz um ótimo contraponto com o Gorgonzola. E o salsão e a água são perfeitos para limpar o paladar entre um queijo e outro.
Evite provolone e o Parmesão, porque elas possuem sabores muito fortes que se sobrepõem aos demais.

Não se deve servir os queijos em cubinhos. Queijos pequenos, como camembert e brie, são servidos com o corte "insinuado", isto é, com o primeiro corte feito e a fatia próxima da fôrma. Evite cortar queijos diferentes com a mesma faca.
Mozarela, queijo prato e queijo de minas não são elegantes para festas que são de tábuas de queijo e vinhos, Queijos fortes como provolone e parmesão inibem o sabor dos vinhos.

Reserve também cestas com pães pequenos e diferentes (tipo italiano, alemão, francês, centeio, com nozes), sempre inteiros, e uma charcuterie com iguarias picantes, como alho, pimenta, cebola e manteigas com ingredientes do tipo anchovas e caviar. Galheteiros com páprica, cominho e pó de alho também são bem-vindos.

Para ser criativo você pode fazer bandeirolas dos países em palitos para identificar os queijos na tábua.

A Regla Clássica
A harmonização de queijos e vinhos é tradicional e, por ser um produto isolado, sua combinação pode parecer mais fácil. Mas não se engane, principalmente quanto aos queijos fortes, que geralmente matam os vinhos. Vamos nos ater a certas regrinhas básicas, e aos princípios das combinações, que seguem textura e sabor:

Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo), mais tânico pode ser o vinho. As uvas são suficientemente robustas para não perder a estrutura.

Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve conter.

Vinhos doces ou generosos (tais como Sauternes, Porto ou Madeira) acompanham bem os queijos azuis, pois equilibram a pungência destes: o Roquefort cai bem com Sauternes, o inglês Stilton faz combinação clássica com o Porto e o gorgonzola combina com tintos potentes.

Queijos frescos e sem casca, como os cremosos, o mascarpone ou a mozarela pedem vinhos brancos leves (Riesling ou Chardonnay), rosés ou tintos jovens e frescos, como o Beaujolais francês e o italiano Bardolino.

Vinhos tintos de classe e mesmo brancos parecem insinuar sua adequação com queijos macios, de casca rica, como Cammembert, Brie e Gouda, desde que não muito curados.

Os queijos mais suaves, do tipo Emmenthal e Gruyère, aceitam vinhos tintos pouco tânicos, suaves.

Vinhos brancos leves e aromáticos combinam com queijos de massa mole, tais como os frescos de cabra e a ricota. Você pode combiná-los com um Chardonnay, por exemplo.



Fonte: Queijos e Vinho do Brasil

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O ritmo do Jazz no seu copo de whisky

Existe uma regra quase obrigatória nos clubs de jazz: se você está ali dentro e não está segurando um trompete, um contrabaixo ou qualquer outro instrumento musical, então é bom ter um copo de whisky em suas mão. Aliás, o músico Artie Shaw, uma das lendas do estilo, dizia que o jazz “nasceu dentro de um barril de whisky”.

E se o jazz faz seus pés começarem a se mexer no ritmo da bateria, ele também tem influência direta no jeito que você cuida de seu whisky. As batidas com as pontas dos dedos nas paredes do copo, a mão que gira o gelo, a velocidade que a bebida desce por sua garganta. Você pode não perceber, mas tudo ali é um pouco efeito das batidas do contrabaixo.

Entenda os diferentes ritmos de jazz e como cuidar de seu whisky com cada um deles:

Bebop
O estilo de Charlie Parker é marcado pelo ritmo acelerado e pelo virtuosismo de seus integrantes. Improvisos em cima da mesma base são obrigatórios. Em sua mesa, marque bem o ritmo girando o gelo do copo. Pode ser um 12 anos. Improvise durante os goles.

Cool jazz
Aqui diminui a velocidade, a música é mais lenta, melancólica e mais espaçada, permitindo que menos notas sejam tocadas. Quem mandava bem nesse estilo era Miles Davis. Dê goles mais tranqüilos em seu whisky, estenda o copo em sua frente e admire a cor dourada do líquido com a banda ao fundo.

Fusion
Neste estilo o jazz se mistura com outros ritmos e ganha cores do rock e do rhythm and blues. Para os mais conservadores, é um estilo menor e que prejudicou a qualidade do jazz. Se estiver assistindo a uma apresentação de fusion, pode seguir a tendência e misturar outras notas em sua bebida. Arrisque um coquetel de whisky.

Fonte: Chivas Club

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vinho e Cinema-Dica para o fim de semana

Para quem é um amante do cinema e que, ao lado do sofá, costuma estar acompanhado com uma inusitada taça de vinhos nas mãos, não deve deixar de conhecer alguns filmes que marcaram o cinema com imagens e histórias regadas de vinho e paisagens encantadoras que nos instiga e nos faz encantar-se cada vez mais pelos efeitos e sutileza dessa bebida, quando usada de forma moderada e apreciada com a alma.


A Festa de Babette

Oscar de melhor filme estrangeiro de 1988. A festa, na realidade um jantar servido para poucas pessoas de um vilarejo, é um belo passeio pela alta gastronomia e enologia. O termo "Festa de Babette" tornou-se um sinônimo de boa cozinha.

Sideways

Entre umas e outras, Oscar de melhor roteiro adaptado de 2005. Dois amigos decidem sair num passeio de uma semana pela Califórnia para comer e beber.

Mondovino

Documentário produzido por Argentina, França, Itália e EUA, dirigido por Jonathan Nossiter, e exibido na competição do Festival de Cannes em 2004.

Bottle Shock

Filme estadunidense de 2008, baseado em fato real acontecido nos anos 1970, na Califórnia.

In Vino Veritas

Documentário de 1982, dirigido por Ítala Nandi, sobre a colonização italiana e a vinicultura no Rio Grande do Sul.


El vino y otras bebidas

Documentário espanhol de 1944, dirigido por Arturo Ruiz Castillo.


Bom final de semana!!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dica para suas festas: Espumante francês Pierlant

Importado pela Costazzurra e respresentada pela Casta Real Representações em Natal , o espumante francês Pierlant merece grande destaque dentro das opções para festas e comemorações de fim de ano e casamentos. Ja bastante conhecido nos eventos mais badalados de Natal, ja tem seu público fiel e vem conquistando o mercado potiguar dia após dia.

Além de uma excelente apresentação, onde possui uma garrafa diferênciada, que lhe da status e elegânancia, é produzido na região de Bordeaux com uvas Blanc de Blancs.

Caracteristicas gustativas:

Uva: Ugni blanc e Airen
Produtor: Les Caves de Landiras
Tipo: Espumante

Descrição: No coraçao de bordeaux, situa-se a Les Caves de Landiras, renomada vinícola que nos últimos anos tem feito grandes investimentos para se firmar como um dos principais produtores e exportadores de espumantes e tranquilos da Europa.

Harmonização: Excelente companhia para as refeições finas e sobremesas.

Origem: França

Grad. Alc.: 10,5%

Cor: Amarelo palha

Aroma: Aroma elegante e frutado

Sabor: Paladar fino, rico, toque de bouquet de manteiga fresca e harmonioso. Com bolhas finas e persistentes.

Temp. Serviço:: 13ºC


LIGZARB DISTRIBUIDORA
Rod. Br 101, km 9 Emaús
Parnamirim/RN
Tel: 4006 0400
94166360

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Termos mais utilizados para iniciantes na degustação de vinhos

ACIDEZ - essencial para a vida e vitalidade de todos os vinhos. Num vinho de mesa seco e equilibrado deve estar entre 0,6% a 0,75% do volume.

ACIDEZ FIXA - compreende ácidos encontrados nas uvas mais os produzidos durante a fermentação.

ACIDEZ TOTAL - combinação de acidez fixa com acidez volátil.

ACIDEZ VOLÁTIL - consiste principalmente de ácido acético.

ACIDO TARTÁRICO -ácido natural do vinho. Pode formar cristais inofensivos na garrafa ou na rolha, principalmente em vinhos brancos mantidos à baixa temperatura.

AÇÚCAR RESIDUAL - quantidade que sobra após a fermentação terminar de forma natural ou artificial, expressa em gramas por litro.

ADSTRINGÊNCIA - sensação de boca seca ou "amarrada", como aquela causada por frutas ainda verdes. É um fenômeno que causa a contração das mucosas.

AERAÇÃO - exposição do vinho ao ar ambiente. O mesmo que deixar o vinho "respirar".

AFINAMENTO - técnica para clarificação dos vinhos usando bentonita, gelatina ou clara de ovos. São agentes que aglutinam as partículas em suspensão, sedimentando-as.

ÁLCOOL - no vinho, é o etanol ou álcool etílico. É um composto químico formado pela ação de leveduras no açúcar das uvas durante a fermentação.

ÁLCOOL POR VOLUME - nível de álcool num vinho, expresso em porcentagem numérica do volume.

AMPELOGRAFIA - ciência que estuda as vinhas e variedades das cepas.

ANTOCIANOS - compostos fenólicos responsáveis pela cor vermelha e púrpura dos vinhos jovens.

AROMA PRIMÁRIO - sensação olfativa que lembra uvas frescas e maduras.

AROMA SECUNDÁRIO - sensação olfativa resultante da fermentação.

AROMA TERCIÁRIO - também chamado bouquet, é a sensação olfativa que o vinho desenvolve depois de engarrafado e envelhecido.

BODEGA - equivalente espanhol para vinícola.

BOTRYTIS CINEREA - um fungo benéfico e até desejável que ataca as uvas sob certas condições climáticas. Elas perdem a água e concentram açúcar e ácidos.

BOUQUET - ver Aroma Terciário.

BRUT - termo reservado para espumantes, significando seco.

CAVA - vinho espumante espanhol produzido pelo método champenoise.

CHAPTALIZAÇÃO - adição de açúcar ao mosto afim de elevar o teor alcoólico do vinho.

CHÂTEAU - este termo, seguido de um nome próprio, eqüivale em Bordeaux à uma propriedade destinada à produção de vinhos.

CLOS - vinhedo ou grupo de vinhedos fechados por muros.

CORPO - a impressão de peso ou plenitude na boca, resultado da combinação de álcool, glicerina e açúcar.

CRÉMANT - refere-se a vinhos espumantes com menor pressão e espuma mais cremosa.

CRU- um vinhedo específico ou zona delimitada com aptidão para produzir um vinho de características particulares e originais.

CUVÉE - designa um lote de vinhos cuja identidade deve ser diferenciada e precisa.

DECANTAÇÃO - passagem lenta do vinho da garrafa para um outro recipiente chamado decanter. Serve para separar eventuais sedimentos do vinho ou para aeração.

DENOMINAÇÃO DE ORIGEM - sistema oficial adotado por vários países para garantir a origem e qualidade dos vinhos (exemplos:, AOC, DO, DOC, DOCG, IPR, VDQS, VR, etc.)

ENÓFILO - pessoa que aprecia e estuda os vinhos.

ENÓLOGO - especialista da ciência do vinho e da vinificação. Certas praticas enológicas não podem ser efetuadas sem a presença e controle de um enólogo.

EQUILÍBRIO - relação harmoniosa entre ácidos, álcool, fruta, tanino e outros elementos naturais encontrados no vinho. Nenhum deles deve ser dominante.

GOSTO DE ROLHA - um substância chamada TCA transmite aleatoriamente à alguns vinhos um gosto de mofo permanente através da rolha. È o chamado vinho "bouchonné".

LÁGRIMAS - ou "pernas" que escorrem na parede dos copos depois de beber, resultam da diferença da velocidade de evaporação entre a água e o álcool.

LATE HARVEST - essa expressão no rótulo indica um vinho feito com uvas colhidas tardiamente, com alto teor de açúcar. Normalmente um vinho de sobremesa.

LEVEDURAS - micro organismos que produzem enzimas responsáveis pela fermentação, convertendo o açúcar em álcool.

MACERAÇÃO - durante a fermentação, o contato das cascas e sólidos com o vinho, onde o álcool age como um solvente para extrair a cor, taninos e aroma das cascas.

MÉTODO CHAMPENOISE - processo no qual o vinho base sofre a segunda fermentação na própria garrafa para formar as borbulhas. É o único método utilizado em Champagne.

MÉTODO CHARMAT - processo de produzir vinhos espumantes com a segunda fermentação feita em tanques pressurizados.

MÉTODO CLASSICO - ou tradicional. Termos para identificar espumantes elaborados pelo Método Champenoise fora da região de Champagne.

QUINTA - propriedade produtora de vinhos em Portugal.

RETROGOSTO - identifica o aroma e sabor deixado pelo vinho na boca após ser engolido. Grandes vinhos têm retrogosto rico, complexo e prolongado.

RIPASSO - vinho refermentado nos sedimentos de um vinho Recioto.

SEKT - vinho espumante alemão.

TANINO - substância natural encontrada no vinho, essencial para a estrutura dos tintos. É derivado principalmente das cascas, sementes e engaços. Tem um sabor adstringente.

TERROIR - meio ambiente com características próprias para produzir vinhos originais e de qualidade. Constitui um dos fundamentos dos sistemas de denominação de origem.

VINHO FORTIFICADO - denota um vinho que teve seu teor alcoólico aumentado pela adição de aguardente vínica (exemplos: Vinho do Porto, Jerez, Madeira, VDN).

VINHO VARIETAL - vinho identificado com o nome da variedade da uva no rótulo. É preciso que exista um mínimo dessa uva, normalmente 75% na maioria dos países.

VINTAGE - vinho de um determinado ano. Pode também significar Colheita. O Porto Vintage é o estilo mais raro e caro desse vinho fortificado do Douro.

VITIS VINIFERA - espécie botânica de uvas destinadas à produção de vinhos de qualidade, com milhares de variedades. Na pratica, são utilizadas cerca de cinqüenta. É o nome científico das vinhas européias.

CÎROC, A vodka francesa que surpreende

Poderia uma vodka feita de uvas francesas fazer sucesso em um segmento dominado por marcas russas e polonesas? Não somente poderia como foi o que aconteceu com a marca francesa CÎROC, que se tornou um dos maiores casos de sucesso nesse setor presença constante nos ambientes mais badalados e descolados do mundo. O fato de ser feita de uva e, sobretudo, na França, país-ícone do luxo, já confere à CÎROC uma elegância, complementada também por sua garrafa, que lembra os frascos criados por perfumistas.



A HISTÓRIA


Jean-Sébastien Robicquet, enólogo francês da região de Bordeaux, tinha tudo para ser um bom produtor de vinho ou, no mínimo, de conhaque. Isso porque a história de sua família está intimamente ligada à produção dessas duas bebidas há mais de 400 anos. Mas esse não foi o caminho trilhado pelo empresário. Ele subverteu todas as regras do clã e optou por dar um toque de modernidade no tradicional negócio familiar, ao aproveitar as uvas cultivadas no terroir localizado na pequena cidade de Gaillac para produzir vodca, uma bebida tradicionalmente destilada de grãos e batatas. Para tanto, o francês misturou técnicas desenvolvidas por monges beneditinos no século 10 com tecnologia de ponta.

O resultado atende pelo nome de CÎROC (palavra originada da combinação de cîme, cume em francês, e roche, rocha) uma clara alusão a Gaillac, região onde são produzidas uvas nas mais altas altitudes e os mais nobres vinhos franceses. Seu princípio é o de um vinho destilado. Cada 10 quilos de uva rendem 4,5 litros de vinho que, destilados por cinco vezes (enquanto o conhaque, apenas duas) e fermentados a frio, entre 16ºC e 18ºC, diferentemente das outras vodcas, garantem um litro da bebida. As cepas utilizadas são a Ugni Blanc (95%) e a Mauzac Blanc (5%) das proximidades de Gaillac e Cognac, sudoeste da França, e cultivadas a 300 metros de altitude. Essa combinação única e o fato de serem colhidas de madrugada, quando as temperaturas são mais baixas, foram descobertas de Robicquet, que passou dois anos fazendo pesquisas.

DADOS CORPORATIVOS


● Origem: França
● Lançamento: 2003
● Criador: Jean-Sébastien Robicquet
● Sede mundial: Cognac, França
● Proprietário da marca: Diageo plc
● Capital aberto: Não
● Chairman: Franz Humer
● CEO: Paul Walsh
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: + 40 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Estados Unidos, Índia e Brasil
● Segmento: Bebidas alcoólicas
● Principais produtos: Vodcas
● Slogan: The art of Luxury.
● Website: www.cirocvodka.com


CURIOSIDADES

A marca no mundo
A CÎROC é comercializada nos ambientes mais badalados e urbanos do mundo, estando disponível em mais de 40 países, tendo como seus maiores mercados os Estados Unidos, a Índia e o Brasil.

Você sabia?
A figura do galo gravada na garrafa de CÎROC, é um símbolo típico da região de Gaillac, na França, e que representa a cultura e a herança do cultivo da uva nesta região.


Em Natal a Vodka Cîroc é encontratada com exclusividade na LIGZARB Distribuidora

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cervejaria Cidade Imperial rumo ao Nordeste

A Cervejaria Cidade Imperial foi fundada na região serrana de Petróplolis, RJ, em 1997. Pertencente à família Orleans e Bragança (Família Real brasileira), os primeiros a trazer a cerveja para o Brasil em 1808, iniciou sua produção apenas com Chope e, posteriormente, foi lançada a garrafa Long neck 355 ml.

A cerveja Cidade Imperial é 100% produzida e engarrafada na serra de Petrópolis, região renomada por sua natureza exuberante e nascentes cristalinas. Com o objetivo de manter qualidade total e a tradição milenar alemã, a Cidade Imperial segue fielmente a Lei da Pureza alemã, de 1516 e ainda em vigência, que define como ingredientes de uma cerveja, apenas Água, Malte de cevada e/ou trigo, Lúpulo e Fermento.


AS CERVEJAS


CERVEJA PILSNER CIDADE IMPERIAL

Características
De coloração dourado intenso e com boa formação e persistência de espuma, esta Lager (cerveja de baixa fermentação) é uma típica Pilsener, com boas notas de Lúpulo e Malte.
Teor alcoólico: 4,5% vol.


CERVEJA PILSNER CIDADE IMPERIAL ESCURA

Características
Cerveja de escuro intenso, aromas de malte e torrefação, e persistente de espuma, esta Lager (cerveja de baixa fermentação) é uma típica Pilsner, com boas notas de Lúpulo e Malte, com final leve e refrescante.
Teor alcoólico: 4.5% vol

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amarones Premiados na I Vini di Veronelli 2012

Premiado 33 vinhos do Vêneto com Tre Super Stelle, sendo a maioria Amarones... aos fanáticos do Amarone (me incluo nisso), enjoy!!!!

VINHOS PREMIADOS:

Amarone della Valpolicella Campo dei Gigli 2007 – Sant’Antonio
Amarone della Valpolicella Classico 2007 – Allegrini
Amarone della Valpolicella Classico Acinatico 2007 – Accordini Stefano
Amarone della Valpolicella Classico Ambrosan 2005 – Nicolis Angelo e Figli
Amarone della Valpolicella Classico Campolongo di Torbe 2006 – Masi Agricola
Amarone della Valpolicella Classico Cantina di Negrar Bio 2006 – Cantina Valpolicella
Amarone della Valpolicella Classico Capitel Monte Olmi 2006 – Tedeschi
Amarone della Valpolicella Classico Costa delle Corone 2006 – Monteci
Amarone della Valpolicella Classico della Casa dei Bepi 2006 – Viviani
Amarone della Valpolicella Classico L’Amarone 2006 – Buglioni
Amarone della Valpolicella Classico Monte Cà Bianca 2006 – Begali Lorenzo
Amarone della Valpolicella Classico Pergole Vece 2007 – Le Salette
Amarone della Valpolicella Classico Riserva Campo degli Inferi 2006 – Brunelli
Amarone della Valpolicella Classico TB 2006 – Bussola Tommaso
Amarone della Valpolicella Classico TB Vigneto Alto 2006 – Bussola Tommaso
Amarone della Valpolicella Classico Tirinto 2007 – Genio del Pago
Amarone della Valpolicella Classico Vaio Armaron 2006 – Serego Alighieri
Amarone della Valpolicella Classico Vigneti Vallalta di Marano 2007 – Campagnola
Amarone della Valpolicella Classico Vigneto Castel 2006 – Mazzi Roberto e Figli

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vodka de Pepino Effen Cucumber

A tendência de utilizar ingredientes mais neutros está ai, à todo vapor, e uma maneira de comprovar é a quantidade de produtos que são lançados com esse perfil de sabor. Com isso, as vodka de pepino não poderia ficar de fora.


EFFEN CUCUMBER VODKA

Vodka de trigo holandesa já com certo prestigio internacional,figura como uma das primeiras marcas super premium do mercado e seu nome significa algo como sedosa e constante e balanceada. A vodka de pepino vem completar os outros sabores da marca, amora holandesa e cereja negra.

De acordo com a marca, é uma combinação de pepinos marcantes e uma lembrança de baunilha em 35% de graduação alcoólica. Lançada em maio de 2011, está fresquinha no mercado e eu ainda nem a ví para comprar. Saiba mais sobre ela na sua Fan Page.

Atualmente, ela é distribuída pela Beam Global Spirit&Wine e não há nenhuma data, sequer expectativa de trazê-la para o Brasil. Infelizmente acho que não teria muito sucesso, por conta dos nossos hábitos de consumo.

As combinações são inusitadas, podem ir de um clássico Bloody Mary até um martini com limão e água de coco.


Fonte: Mixologi News

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Miolo promove tasting em Natal

A Miolo Wine Group, líder nacional na produção de vinhos finos, fará em Natal um evento para mostrar mais de cem rótulos elaborados em diferentes regiões do Brasil, inclusive no Nordeste. O Tasting Miolo acontece dia 20/9, a partir das 19 horas, no Pestana Hotel.
O evento terá a participação do diretor comercial da empresa, Alexandre Miolo, e do diretor regional, Marcos Vitale, além de enólogos e sommeliers da vinícola, oferecendo atendimento diferenciado e especializado aos mais de 150 convidados ligados ao mundo do vinho.

Os tastings Miolo acontecem desde 2005 e percorrem os diversos Estados brasileiros, com o intuito de mostrar o que o Brasil tem de melhor. “O Tasting Miolo proporciona aos participantes conhecer os diferentes terroirs em que a empresa atua e os vinhos elaborados em cada um deles”, afirma Alexandre Miolo. Ao todo, a empresa conta com 13 projetos – entre parcerias nacionais e internacionais.



Mais informações:
Luciana Moglia / Sabrina Silveira
Moglia Comunicação Empresarial
Fone: (51) 3029.3249 | (51) 9660.4212

http://www.moglia.com.br

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Absolut Tune - Vinho e Vodka juntos

Absolut Vodka acaba de lançar não só um produto, mas uma nova tendência no mercado de bebidas que pode dar certo, ou não.

Absolut Tune, é o que há de melhor entre a Suécia e a Nova Zelândia quando se fala de bebidas alcoólicas. Vodka e Vinho. Absolut Tune é a união da conhecida vodka sueca e um dos melhores vinhos brancos neozeolandeses, o Brancott Estate Sauvigon Blanc.

As proporções para esse produto são de 60% vodka e 40% sauvignon blanc. A vodka é misturada ao vinho branco no estágio de fermentação para capturar os aromas e sabores da vodka. Para os curiosos, A Tune tem apenas 14¨% de graduação alcoólica, dá pra tomar a vontade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aprovada lei que regulamenta a profissão de Sommelier

Finalmente sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei Nº 12.467 de 26 de agosto de 2011, que regulamenta a profissão de sommelier no Brasil. Com ela torna-se legítima uma nobre atividade, cujo reconhecimento e prestígio crescem cada vez mais em nosso país, carente de um bom serviço do vinho.

De acordo com a nova lei, considera-se sommelier o profissional tecnicamente formado, através de cursos no Brasil ou no exterior, por instituições oficiais, públicas ou privadas, e também o profissional sem a referida formação, que à data da sanção da lei já exerça esta função há mais de três anos.

O autor da proposta foi o deputado Eduardo Cunha do PMDB do RJ e o seu relator Romero Jucá do PMDB de RR, que estabelecem que sommelier é o profissional encarregado de executar serviço especializado de vinhos em empresas de eventos gastronômicos, hotelaria, restaurantes, supermercados, enotecas e companhias aéreas e marítimas. Não há como negar a importância dessa regulamentação, mas ela apenas reflete a importância que o vinho vem ganhando entre os brasileiros. Importante dizer que não basta ao sommelier ser só um técnico eficiente e frio na prestação do serviço do vinho. Ele precisa ainda entender de gastronomia, de vinhos e outras bebidas, ser polido no trato com o cliente, humano, atencioso, empático e empenhado na satisfação do cliente.

Finalmente o Brasil reconhece como legítimo o valor desse profissional já tão valorado em outros países e isto será um divisor de águas para fazer crescer essa categoria e estimular os já iniciados nela a se capacitarem cada vez mais.



Fonte: Jornal Tribuna do Norte

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vinícola Francis Copolla lança vinhos com rótulo do artista Dean Tavourlaris

O cineasta Francis Ford Coppola acaba de lançar a linha Francis Coppola Reseve, uma produção de vinhos limitada com rótulos especiais.

O diretor da produção, Corey Beck, selecionou lotes de fruta excepcionais da prestigiosa vinícola de Coppola, elaborando pequenos lotes de vinhos exclusivos, apenas para convidados.

Os desenhos são de Dean Tavoularis, que colabora com Coppola desde "O Poderoso Chefão"

Cada lote é esmagado, fermentado e envelhecido separadamente, durante a fase final de mistura, para garantir um produto final digno de ser nomeado "Reserva".

As obras de arte do designer de produção cinematográfica, Dean Tavoularis, decoram os rótulos dos vinhos FC Reserve.

Tavoularis conheceu Coppola durante a produção de "O Poderoso Chefão", e os dois artistas continuaram a parceria durantes anos nos diversos projetos criativos, incluindo mais de uma dúzia de filmes, o pátio e a fonte da vinícola Rubico Estate, em Napa Valley, além do seu espaço interno e externo.



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Saiba mais sobre Azeite de Oliva

Utilizado desde tempos imemoriais como ingrediente culinário, o Azeite foi “redescoberto”, tendo-se convertido num dos pilares da cozinha moderna e saudável. O seu consumo não se confina às regiões produtoras, e espalha-se hoje por países tão distantes como o Japão ou a Austrália.

O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um prato.


Na hora de escolher um azeite deve-se esquecer:

Da acidez do azeite pois está não está directamente relacionada com o seu sabor. A acidez está relacionada com o estado fitossanitário das azeitonas, enquanto que o sabor, cor e cheiro do azeite é dado por pequenos compostos chamados compostos menores.

Da cor do azeite pois esta não está relacionada com a qualidade. Azeites mais verdes são provenientes de azeitonas mais verdes enquanto que azeites mais amarelos são provenientes de azeitonas mais maduras.

E deve lembrar-se que:

O azeite inicia processos de deterioração a partir do momento em que é extraído, logo não deverá armazená-lo por períodos muito prolongados de tempo;


Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponível no mercado, deverá eleger o Azeite em função da sua utilização culinária e do seu gosto pessoal, sendo que os tipos disponíveis são:

Azeite Virgem Extra


Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a azeitona sã. Não apresenta nenhum defeito organoléptico. Acidez igual ou inferior a 0,8%. Apto para o consumo directo e ideal para temperar a cru. Os azeites virgem extra de sabor mais suave são ideais para o tempero de saladas e alimentos com sabor mais suave, bem como para a doçaria.

Por outro lado, os azeites virgem extra de sabor mais intenso vão melhor com alimentos de sabor mais marcado e poderão ser utilizados para a confecção de alguns molhos.


Azeite Virgem

Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sã. Acidez igual ou inferior a 2%. Apto para consumo directo e apropriado para assados, sopas, refogados ou marinadas.


Azeite – contém azeite refinado e azeite virgem.

Trata-se de azeite refinado, enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou inferior a 1,0%. É ideal para frituras dada a sua elevada resistência às altas temperaturas. É mais barato, mantém o valor nutritivo do azeite e tem um ponto de fumo bastante elevado o que permite aumentar o seu número de utilizações. Além disso, forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração do Azeite no interior dos mesmos. Com a utilização do Azeite para a fritura obtêm-se fritos mais secos e apetecíveis.


CURIOSIDADES

Sabia que...

Todas as azeitonas são negras se as deixarem amadurecer até ao fim.

Para extrair 1 l de Azeite são necessários, em média, 5 a 6 Kg de azeitonas.

O grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro e o sabor do Azeite. A acidez tem a ver com a quantidade de ácidos gordos livres que o Azeite possui e também com a variedade e o estado de maturação da azeitona quando é colhida.

A cor do Azeite não está directamente ligada ao seu sabor ou aroma. Um Azeite verde provém de azeitonas ainda verdes enquanto que um Azeite dourado provém de azeitonas maduras. Mas o Azeite é geralmente obtido a partir de uma mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação.

Como produto natural que é o Azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o tempo, pelo que é aconselhável consumi-lo o mais cedo possível. Quando bem acondicionado, pode conservar-se, sem alteração das suas características, ao longo de 18 meses a partir da extracção.

O rendimento do Azeite é maior do que o de outras gorduras vegetais, tanto em frio como em quente.

O Azeite deve guardar-se em recipientes de vidro, de preferência escuro, ou em recipientes de folha de flandres ou de aço inox. Deve manter-se em local fresco, sem luz e longe de produtos com cheiros intensos para evitar que os absorva.

Quando sujeito a temperaturas muito baixas o Azeite pode solidificar. Contudo, ele retomará o seu aspecto inicial quando volta à temperatura ambiente, não perdendo nenhuma das suas características.

Niel Amstrong deixou na lua um raminho de oliveira em ouro como símbolo da paz.





Azeite de Oliva é sinônimo de saúde e sabor!!!!!!!!!!!!




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vinícolas da Turquia ganham espaço no mercado internacional

A região sul da Turquia se tornou uma área promissora para a produção de vinhos - muitos especialistas a compararam com Napa Valley, EUA, famosa por vinícolas 'top' do mundo.

"As vinícolas premiadas da Turquia estão atraindo famosas marcas de vinho do mundo", disse Yasin Tokar, chefe da Associação de Produtores de Vinho da Turquia, no sul da província de Denizli.

Essa associação e o mercado de vinho turco realizaram uma conferência para a imprensa em Denizli. Notando que as vinícolas turcas vinham sendo comparadas frequentemente com as famosas vinícolas de Napa Valley, Tokat disse, "Vinhos produzidos na região sul da Turquia são altamente favorecidos entre os amantes de vinho que procuram sabores únicos".

"As uvas plantadas em uma área de 30 milhões de metros quadrados em Denizli atraem muitos produtores de vinho mundialmente famosos", ele disse, acrescentando que Cabernet Sauvignon e Shoraz são dois tipos favorecidos pelos produtores estrangeiros.

Kalecik Karasi, uma uva plantada majoritariamente na Turquia Central, e Öküzgözü e Boğazkere, ambas uvas vermelho-escuras e originárias do leste do país, são listadas como as uvas favoritas pelos produtores estrangeiros, já que os vinhos produzidos por essas uvas apresentam um sabor e aroma únicos, encontrados apenas em solo turco.

Desde que muitos fazendeiros começaram a focar na produção de uvas na província do sul do país, eles têm sido encorajados por uma forte demanda local e internacional, e Denizli emergiu como o centro dos negócios vinícolas da região.

"Trio, um vinho único de Öküzgözü, Boğazkere e Kalecik Karası misturadas como Cabernet Sauvignon ou Shiraz é o favorito de muitos amantes de vinho", disse Tokat. Esse vinho especial ganhou duas medalhas de bronze nas competições vinícolas nos EUA e Reino Unido esse ano, ele acrescentou.

Apesar do sucesso internacional do vinho turco, as suas exportações do país tem se concentrado em três mercados particulares: o norte de Cyprus, com 26%, Bélgica com 23% e Alemanha com 10%, de acordo com a Export Prootion of Center of Turkey.


Fonte: Revista Adega

terça-feira, 9 de agosto de 2011

III Festival Gastronômico de Portalegre

Evento acontece de 12 a 14 de agosto e pretende valorizar a culinária de influências alentejanas e sertanejas através das oficinas e palestras. Haverá shows musicais de Alcymar Monteiro, Capim Cubano e outras atrações.

Há 250 anos, o português Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo fundava a terceira Vila da Capitania do Rio Grande. A data era 8 de dezembro de 1761. O valor sentimental daquele pequeno povoado, a 700 metros de altitude, pesou na escolha do nome de batismo, pois o lugar lhe lembrara a outra Portalegre, na região do Alto Alentejo, em Portugal. Em tom de homenagem, nascia assim a cidade de Portalegre, no oeste norte-rio-grandense, município cujo passado é recheado de histórias e lendas e que chegou a ser a capital do RN por um período de nove dias. Desde 2004, Portalegre foi reconhecida como Cidade-irmã da sua homônima portuguesa.

Apesar de toda essa ligação sentimental e histórica, faltava ainda um tempero na mistura: a gastronomia portuguesa em solo portalegrense. O III Festival Gastronômico e Cultural de Portalegre, que acontece de 12 a 14 de agosto, pretende dar o primeiro passo no resgate dessa culinária de influências alentejanas e sertanejas através das oficinas e palestras.
Com realização da Lógica Eventos e produção das Secretarias de Cultura e de Turismo e Meio Ambiente de Portalegre, o festival tem patrocínio do Governo do Estado, prefeitura de Portalegre e Ministério do Turismo. A direção do evento é de Walde Faraj, Carlos Lira Jr e Sanylle Faraj. A coordenação gastronômica é dos chefs Cacau Wanderley e Gabriel Camilo. A produção local é dos secretários municipais Temístocles Maia e Maria Aucely Costa.



PROGRAMAÇÃO:

sábado, 30 de julho de 2011

Cape Elephant Ruby Cabernet

Já presente em algumas cartas dos principais restaurantes de Natal e aprovado por todos que o provaram, o vinho sulafricano com uma uva bastente particular no mercado, a Ruby Cabernet, tem sido elogiado em muitas degustações e harmonizações que estão sendo realizadas.


A VINÍCOLA


O vinho pertence a vinicola Lutzville Vineyards, situado a e uma hora e meia da cosmopolita Cape Town, onde estende-se às margens do poderoso Olifants (Elefante) Rio, como ela, flui para o diamante ricos West Coast of South Africa. Fatores como tempo de resfriamento da brisa do Oceano Atlântico, temperaturas com grande variação entre o dia e a noite e solo ideal conspiram para criar micro-climas perfeitos para o cultivo de uma variedade de cultivo para a perfeição - o segredo por trás do personagem rica e aromas superior dos vinhos Lutzville e Diamond Cape Wine.

A produção de vinho ao longo do rio Olifants remonta pelo menos 200 anos, quando o explorador francês François Le Vaillant coletou alguns registros de compra de "bebidas fortes" de uma certa viúva Van Zeijl perto do final da década de 1700. Em 1941, foi rebatizado Vlêrmuisklip Lutzville, e desde o seu início humilde como um posto avançado agrícola, tornou-se a casa de Lutzville Vineyards - um dos produtores de vinho mais bem sucedidos do país.


Cape Elephant Ruby Cabernet


Apresenta cor púrpura intenso e profundo e suaves tons avermelhados. Ao nariz notas de blackberry e chocolate escuro. Na boca apresenta delicado sabor de canela.



A VARIEDADE RUBY CABERNET


A Ruby Cabernet é o cruzamento das variedades Cariñena e Cabernet Sauvignon, onde se busca potencializar o calor da cariñena com a qualidade da Cabernet Sauvignon. Sua maior produção se encontra na Califórnia, Africa do Sul e Austrália e caracteriza-se por apresentar boa coloração e agradável sabor a framboesas.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cervejas Gourmet - Leuven Cervejas Artesanais

Um pouco de história



A Cervejaria Leuven surgiu em 2010, mas a história de paixão e dedicação pelas cervejas artesanais teve início bem antes disso. Essa preparação foi uma escola feita em casa que levou mais de 20 anos de estudos para chegar nas fórmulas que você encontra hoje.

Alexandre Godoy, fundador da Cervejaria, elabora bebidas alcoólicas seguindo as tradicionais receitas de seu bisavô, Octávio Teixeira Mendes, desde 1980. A partir daí, Alexandre não parou mais de estudar e se dedicar aos processos fermentativos. Se formou engenheiro agrônomo, fez mestrado na área de Processos de Cervejaria e Destilação em Edimburgo, na Escócia, e aliou seus conhecimentos profissionais à experiência de cervejeiro caseiro para fazer da Leuven uma cerveja Top Premium de verdade.



A microcervejaria


Leuven desenvolve cervejas artesanais inspiradas nas tradicionais cervejas da Bélgica. São bebidas de altíssima qualidade para um público de paladar exigente, que busca em uma cerveja diferenciada a combinação perfeita para pratos especiais e outros tipos de alimentos.

As cervejas Leuven são feitas com maltes importados, lúpulos nobres e leveduras especialmente selecionadas para garantir uma fórmula que a diferencie pelo aroma e sabor frutados.
Atualmente, a Cervejaria Leuven produz três tipos de cerveja: Golden Ale, Red Ale e a especialíssima Dubbel.




Mais informações:


Festival Gastronômico de Martins

O circuito culinário pelas serras potiguares continua e agora o destino é serra de Martins. O vácuo deixado com a não realização da edição 2010, certamente não deverá esvaziar o Festival Gastronômico e Cultural do município localizado no médio oeste potiguar, a 370 km de Natal, que volta a ser realizado este ano, de 21 a 24 de julho. Além de tradição culinária, Martins é também uma das mais atrativas e famosas cidades da região.

Cidade de passado histórico, Martins é também um dos municípios com a maior riqueza culinária daquela região potiguar. E é justamente essa riqueza que vai incrementar o cardápio da Cozinha Show, com oficinas de alguns dos melhores chefs do Rio Grande do Norte.

Segundo o diretor do circuito dos festivais Walde Faraj, em Martins serão trabalhados sabores típicos da região, incluindo uma novidade: a carne de porco. "Todo mundo na serra de Martins cria ou come carne de porco. Vamos mostrar a versatilidade da carne pela primeira vez". Além da carne suína, voltam aos menus o cordeiro, considerado a estrela da serra, o pescado tucunaré, a carne de boi e demais iguarias da serra.

O Festival também irá contar com o apoio da Ligzarb e Casta Real Representações, que seguirá fornecendo os vinhos para o Festival, realizando degustações e palestras com vinhos e cervejas especias.

OFICINAS INTERATIVAS

Nesta edição também não haverá concursos de chef. Todos os horários serão preenchidos com oficinas gastronômicas para o público. Estarão realizando oficinas os chefs Marcio Freire (Oficina contemporânea/Cordeiro), Pedro Junior e Gabriela Sales (guarnições decorativas e finalização de pratos), Eugênio Cantídio (oficina Cordeiro), Sushiman Maicon (oficina oriental/peixes), Ângelo Medeiros (oficina infantil/cup cakes), Nito Avelar e François Schimmt (“La minuta”/Suínos), Tadeu Lubambo (oficina fusion/Tucunaré), bartender Marcelo Labre (drinks para toda hora), Sanylle Faraj e Witame Jr (massas e pizzas), nutricionista Juliana (segurança alimentar) e ainda sommeliers Rodrigo Lima e Fabiana Dall’onder falando sobre vinhos e cervejas especiais.


Programação Musical:


Quinta Feira - 21/07:
20h às 22h - Grupo Sambakana

Sexta Feira - 22/07:
18h às 19h - Banda de Música de Martins
19h às 20h - Gustavo Costa
20h às 20h40min - Solenidade Oficial
21h às 22h30min - Diogo Guanabara e Camila Masiso
22h30min às 00h - Rodolfo Amaral
00h30min às 2h - As Nordestinas

Sábado - 23/07:
18h às 19h - Banda de Música de Martins
19h às 20h30min - Missa na Igreja Matriz
20h30min às 22h - Antônio de Pádua
22h às 23h30min - Macaxeira Jazz
23h30min às 1h - Caxumba 04
1h às 2h30min - Banda Café

sábado, 2 de julho de 2011

Festival Gastronômico e Cultural

O Primeiro Festival Gastronômico e Cultural de Monte das Gameleiras, de 7 a 10 de julho, abre o "Circuito das Serras". O de Martins, de 21 a 24, é o proximo no roteiro. Frio, culinária, arte, cultura lazer e belas paisagens aguardam pelos potiguares.

Este evento também contará com palestras dos principais chefes dos restaurantes da cidade de Natal, juntamente com atrações culturais, com objetivo de incrementar o turismo local unindo cultura, lazer e gastronomia. Este evento também contará com o a participação da LIGZARB, juntamentecom o apoio da CASTA REAL REPRESENTAÇÕES, serão responsáveis pelo fornecimento os vinhos, onde poderão ser consumidos nos restaurantes das cidades que farão parte do roteiro.

SOBRE O LUGAR

Monte das Gameleiras fica a 137 Km de Natal a cerca de 500 m de altitude acima do nivel do mar, fazendo divisa com o estado da PB. Com uma temperatura que oscila entre 11º e 38º , o município aposta no diferencial do clima e nos diversos atrativos turísticos naturais como serras que variam uma altitude de 500m a 800 m, o açude do pituaçu, as pedras do navio e pintada, que contém traços simbólicos provavelmente dos índios que ali habitavam e seus vários tanques naturais. É nessa pequena cidade, com cerca de 3 mil habitantes que inicia o "Circuito das Serras" do RN.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Jantar Harmonizado no Restaurante Veleiros

Para comemorar o Dia Mundial do Amigo, a Ligzarb juntamente com a Casta Real Representações do consultor em vinhos Guilherme Luz, irá promover um jantar harmonizado para apresentar alguns dos rótulos da nova carta da casa.


O restaurante Veleiros, um dos tradicionais restaurantes de Natal, que está localizado em uma das áreas mais conhecidas e mais movimentadas do bairro de Ponta Negra, contara com seus pratos também tradicionais do menu e terá como novidade a apresentação e harmonização de 3 novos vinhos.


O evento contará com a presença da sommelier Fabiana Dall'Onder, que fará a combinação dos pratos e ira conduzir esse encontro.


O cardápio conta com duas opções para a entrada e prato principal, acompanhado da sobremesa ao final.


As senhas podem ser adquiridas no local, no valor de R$45,00 e são limitadas.

Horário: 20:30

Data: 20/07/2011

Local: Restaurante Veleiros

Av. Engenheiro Roberto Freire, 510

Ponta Negra/ Natal

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uva Merlot

Originária da região de Bordeaux, a Merlot é descendente da Cabernet Franc e meia irmã da Carmenère e da Cabernet Sauvignon . Essa extrema semelhança com a Carmenère foi responsável pela confusão entorno dos vinhedos chilenos nos anos 1980. A Merlot é uma uva misteriosa, os primeiros registros oficiais são muito recentes, apenas de 1784 em Bordeaux (Cotes de Libournais). Na Itália (Vêneto) ela é mencionada apenas em 1855 com o nome de “Bordò”. Segundo alguns estudiosos, seu nome “Merlot” ou “Merlau” provem de uma pássaro chamado “Merle” que costumava se deliciar com seus doces cachos.

A Merlot é a uva mais cultivada em Bordeaux (56%) e a terceira na França (atrás da Carignan e da Grenache). Na margem direita de Bordeaux (St. Émilion e Pomerol) ela domina amplamente, enquanto na margem oposta, ela corresponde no máximo a 25%, com maior destaque na sub-região de St-Estephe.


CARACTERÍSTICAS


A Merlot é uma uva controversa que gerou, e ainda gera muita discussão. Isso porque não existe consenso sobre o cultivo, tempo de maturação e ponto ideal de colheita. Existem duas orientações distintas. A primeira, encabeçada pelo enólogo Michael Rolland, diz que a uva deve ser colhida o mais tarde possível, concentrando os açucares e a maturação fenólica. A segunda, comandada por Christian Moueix e Jean-Claude Berrouet (Petrus) alega que a colheita tardia prejudica a acidez, supervaloriza os aromas frutados deixando os vinhos pesados, carnudos em detrimento da elegância, frescor e longevidade.

É uma casta de maturação rápida. Em Bordeaux, por exemplo, amadurece em média 02 semanas antes das Cabernets. Isso lhe garante fama de “colheita segura”, escapando das perigosas chuvas durante o período de colheita. Ela se adapta bem a climas mais frios (em comparação com a Cabernet Sauvignon) com solos mais rochosos, áridos, argilosos e ferrosos.

Os aromas primários mais encontrados são:frutas pretas (ameixa, jabuticaba e groselha negra), herbáceos (chá, orégano, alecrim, azeitonas e húmus), especiarias (canela, cravo e noz-moscada), outros (tabaco, cogumelos e couro). Quando o vinho estagia em madeira, surgem novos aromas: caramelo, baunilha, coco, bala toffe, chocolate, café, torrefação, tostado, cedro, esfumaçado, nozes e figo seco.

Na boca, a principal característica é a textura macia, sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio; e taninos redondos. Os aromas de boca mais presentes são os de frutas pretas, herbáceos e algum sumo de carne. O uso de madeira pode ser benéfico. Porém muitos produtores não utilizam carvalho novo para não perder (“matar”) a elegância da uva.


A Merlot dá origem a vinhos mais redondos, aveludados e estruturados. Normalmente, o tempo de guarda é bem vindo para essa uva, porém, seus vinhos podem ser degustados mais jovens. Quando em corte, ela é responsável por arredondar, harmonizar e dar mais elegância ao conjunto.

Apesar de ser originária da região de Bordeaux, a Merlot pode ser encontrada em praticamente todos os países produtores. Apenas as zonas mais quentes não são recomendadas. Dessa forma, as principais regiões são:

França, Bordeaux (margem direita) – Destacadamente as sub-regiões de St-Émilion (60%) e Pomerol (80%). Produz os vinhos mais emblemáticos, históricos, é a melhor expressão;

França, Bordeaux (margem esquerda) – Destacadamente a sub-região de St-Estephe. Produz vinhos elegantes em típico corte bordalês (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e menores proporções de Petit Verdot, Malbec e Carmenère). Devido ao assemblage, os vinhos demoram mais para ficarem prontos e são mais longevos;

França, Bordeaux (outras regiões) – Produz vinhos menos complexos, mas com grande qualidade. Excelentes para se degustar sem ter que gastar fortunas;

França, Languedoc – Produz vinhos menos complexos e prontos para beber. Podemos dizer que são Merlots para o dia a dia;

Itália, Nordeste – Vinhos elegantes, diferentes e prontos. Mas a qualidade varia muito, assim sendo, é necessário prestar atenção ao produtor. A melhor região é o Friuli, onde os vinhos são varietais;

Itália, Toscana – Vinhos de grife, produz alguns dos Supertoscanos. Normalmente entra em corte com a Sangiovese e com a Cabernet Sauvignon. A sub-região de Maremma se destaca;

Portugal, Setúbal – Vinhos deliciosos, redondos e poderosos, que podem ser degustados jovens ou guardados por alguns anos. Normalmente se apresentam varietal e com forte presença de madeira;

EUA, Califórnia – Vinhos estruturados, encorpados e longevos. Extremamente frutados e marcados pelas especiarias (varietais ou em corte). Alguns são fortes concorrentes dos melhores exemplares de Bordeaux. As melhores sub-regiões são: Napa Valley, Oakville, Stags Leap, Carneros, Mendocino, Dry Creek e Sonoma Valley;

Chile, Vale Central – Durante muito tempo se confundiu Merlot com a quase desaparecida Carmenère. Nessa época usava-se o termo “Merlot Chileno”. Hoje, após a distinção, sabemos que o Chile produz bons Merlots com um toque mais herbáceo e com madeira marcada. Vinhos encorpados e interessantes (varietais ou em corte);

Africa do Sul – Antes de 1980 não existia Merlot. O rápido crescimento foi impulsionado pelos excelentes resultados. Vinhos elegantes, potentes, alcoólicos e muito aromáticos. Pode ser varietal ou corte e já estão prontos para beber;

Austrália – Representa apenas 3% da produção de vinhos. Porém, produz vinhos diferentes, com pouca fruta e aromas mais terrosos (varietais ou em corte).


GRANDES MERLOTS


Petrus, Ch. Angelus, Ch. Palmer, Castello di Ama, Ornellaia, Matanzas Creek, Seleni, Spice Route, Morgenhof, Casa Lapostolle, Clos Apalta, Maculan, Má Partilha.


HARMONIZAÇÃO


O Merlot é um excelente vinho para se tomar sozinho, sem acompanhamento de comida, pois é um vinho redondo, sedoso e aveludado.


Mas, devido as suas extraordinárias características, também podemos compatibilizá-lo com inúmeros pratos. É praticamente impossível relacionar todas as associações. As principais são:


Terrines de especiarias ou ervas e patês;

Carnes semi-doces como: Pato, Ganso, Coelho;

Cozinha Tailandesa: com pratos picantes e condimentados;

Cozinha Árabe : Arroz com lentilha, Kibe, Michui, Kafta, Shawarma, Mezzes, Sihil Mahsi (abobrinha recheada com carne), dentre outros;

Cozinha Caseira ou Regional: Carnes de panela com vinho tinto (cassaroles), Guisados, Panquecas e Gratinados;

Risotos : Funghi, Isca de carne, Gorgonzola ou Carne seca com abóbora;

Escalopes com molhos clássicos : Madeira, chateaubriand, champignons, roti e outros escuros);

Cozinha Italiana : Massas recheadas como: Capelletti in Brodo (de frango ou vitela).

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Processo de Tosta das Barricas

Em degustações e palestras sobre vinhos, muito se fala das barricas de carvalho, da quantidade de tempo que tal vinho passou descansando, tipos de barricas, mas pouco se comenta quais são os processos e segredos usados para fabrica-la.

O processo de tostagem obedece ao grau de tosta solicitado pelo produtor de vinho ou destilado. O processo, tradicionalmente feito a fogo, hoje em dia é, em muitas tanoarias, realizado com máquinas que controlam a intensidade e o tempo em que resistências elétricas permanecem dentro das barricas, de forma tal a controlar e garantir uniformidade da tostagem.

As tostas são, de maneira geral, divididas entre leve, média e forte. Cada uma das diferentes intensidades de tosta permite que diferentes aromas se desprendam do carvalho e fiquem impregnados na bebida com a qual estarão em contato. Os aromas de madeira e maior adstringência no paladar estão associados a tostas mais leves, enquanto as mais fortes estão associadas a aromas de cravo, defumados, pão e café torrados.

Tosta


A tosta é um processo que inicialmente foi concebido para se conseguir envergar as aduelas. Atualmente, além desse aspecto funcional de montagem, a tosta da barrica é uma fase muito importante para se analisar o impacto que terá no vinho. O processo costuma ser dividido em três fases: chauffage (aquecimento ), cintrage (molde e colocação das cintas) e bousinage (tosta aromática).

As tostas podem ser o produto da combustão de diferentes recursos: aparas de carvalho, gás natural e vapor são os principais. O que se busca é uma queima por igual em toda a superfície da barrica e de forma padronizada em cada lote. Nas mais modernas tonnelleries, esse é um processo totalmente controlado e tecnológico.

Argumenta-se que as características de cada aduela, a estação do ano e condições de umidade são fatores que deveriam ser considerados no momento da tosta. No caso da Seguin Moreau, foi desenvolvido, junto com o Dr. Pascal Chatonnet, um nariz eletrônico, que controla o ponto da tosta medindo os aromas liberados, alcançando o padrão desejado.

De forma genérica, a literatura enológica descreve três pontos de tosta:
Tosta leve: a superfície da madeira atinge temperatura entre 120oC e 180oC. Normalmente bastam cinco minutos para alcançar esta etapa. A madeira aportará mais taninos e aromas de baunilha e coco (ainda mais presentes no carvalho americano).

Tosta média: após 10 minutos de tosta a superfície chega a 200oC. Neste estágio, os taninos estão menos agressivos e os aromas de baunilha e café estarão mais presentes. Tosta intensa: a partir de 15 minutos a superfície interna da barrica chegará a 225oC. Diminui-se o aroma de baunilha e tornam-se mais presentes os de chocolate, defumado e especiarias.