Quando tudo parecia que as vinicolas francesas de Bordeaux enfrentavam nos mercados mundias uma competição cada vez mais dura em relação aos vinhos do Novo Mundo, segundo a CIVB (Comitê Interporfissional do Vinho de Bordeaux), a organização acaba de apresentar um plano para recuperar o terreno perdido.
O Plano "Bordeaux Amanhã" buscará reposicionar os vinhos franceses de alta gama con três linhas de vinhos: os mais exclusivos serão representados na categoria "Estrelas", as novidades serão conhecidas dentro da categoria "Pérolas" e os vinhos para ser bebidos todos os dias formarão parte do "Fun & Chic", segundo informa Vitisphere.
O plano recomenda retirar da venda aqueles vinhos que não tenham o nível de qualidade requerido para esta nova imagem de marca, com um controle de qualidade das vinicolas que oferecem vinhos a preços baixos. Também havera auditorias para ajudar as vinícolas com problemas financeiros. A promoção ira se focalizar nos mercados mais atrativos (EEUA, China e Reino Unido) e na defesa dos mercados claves para esses produtores (França, Bélgica e Alemanha).
Fonte: Jornal La Nacion
terça-feira, 27 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Os vinhos da China
Conhecida por ser um paraiso dos vinhos, estando entre o quinto maior mercado do mundo, a China todavia não é conhecida como um país produtor de vinhos de grande qualidade, mas muitas empresas vinícolas como Chateau Lafite da França e Bodegas Torres da Espanha já estão de olho no potencial de certas regiões. "Nossa intenção é fazer o melhor vinho possível, mas não necessáriamente o melhor vinho do mundo", diz Gerald Colin, diretor-gerente da Lafite na China.
Colin se refere a uma colina na península de Penglai, na província de Shandlog, localizado ao leste da China, enquanto uma máquina de terraplenagem trabalha sobre a terra ocre para formar impecáveis terraças para o vinhedo. Perto dali, camponeses despejavam pedras para uma futura vinha, pedreiros esculpiam as ladeiras com muretas de retenção feitas com pedras e criavam zonas de captação de mananciais naturais para casos de secas.
Segunda a Organização Internacional de Vinhedos e Vinho (OIV), a China não somente esta sedenta de vinho, como também é agora é o sexto produtor de vinhos do mundo, superando a Austrália.
Conduzindo seu carro em uma rua cheia de buracos, Colin acena com a cabeça ao chaman do povo, que descansa em uma parcela e fica admirando o horizonte junto a uma das parecelas onde será levantada a vinícola de quatro plantas, com todo o funcionamento por gravidade.
Por hora a China segue sendo um mistério para encontrar a localização de seus terroirs e os obstáculos para localizar-los são enormes. O norte é muito frio e o sul faz muito calor, sendo que julho e agosto ficam ameaçados com as colheitas com uvas pouco maduras ou podres.
"Estas são as complicações" , comenta Denis Dubourdieu, professor, investigador e enólogo de Bordeaux. "Não são insuperáveis, mas as melhores zonas para a viticultura da China não são evidentes".
Momentaneamente a melhor esperança dos vinhos de qualidade na China provém de algumas fincas de propriedade familiar, sendo estas as quais colaboram com Torres China, Grace Vineyards e Silver Heights. Mas a maioria da produção nacional parece seguir o modelo australiano de produção industrializada de vinhos de marca. Alcançam um exito quando conseguem uma combinação de marketing inteligênte, etiquetas facilmente decifráveis e uma qualidade constânte.
Mesmo assim, os vinhos chineses de marca são irregulares e alguns produtores prestam pouca atenção nas orientações ocidentais de autenticidade das etiquetas. De um ano ao outro , um vinho chines com a mesma etiqueta é uma mescla de vinho produzido na sua região, vinho trazido de outras regiões da China, vinho importado a granel de baixa qualidade e de qualquer colheita disponível.
Mesmo assim a China vem sendo um consumidor voráz e intusiasmado pelo vinho. Desde 2009 já beberam 1.200 milhões de garrafas de vinho, destas somente 8,5% foram de vinhos de garrafa, segundo Torres China. A superfície dos vinhedos nacionais aumemtaram em 6,1% de 2006 a 2009 e a produção de uva 10,7%, segundo a OIV.
Apesar dos grandes riscos e sem descubrir o potencial dos terroirs, a China segue atraindo os Ocidentas. Como é o caso de Michel Rolland, afirma que "se encontro um projeto muito exclusivo onde alguem esta totalmente centrado na busca de onde podemos ir em termos de qualidade na China, gostaria de fazer. Não quero me meter em um grande projeto com um grande número de depósitos, onde é necessário degustar como louco durante dias para se fazer um assemblage. Eu fiz toda minha vida e já não quero mais. Mas se posso encontrar este projeto exclusivo, talvez vou para China".
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Curso Panorama de Vinhos da França
Cursos Panorama de Vinhos da França terminou ontem, ministrado pelo Dr. Julio Anselmo de Souza Neto (autor do livro Vinho no Gerundio), palestrante que conduzio 3 dias de curso no Hotel Escola Barreira Roxa, em Natal-RN, mostrando toda sua experiência, dedicação e compartilhando suas experiências do mundo dos vinhos. Aos organizadores do evento, estão de parabéns!
Deixo aqui os vinhos degustados no curso, que serão descritas as avaliações posteriormente no site da WineTag http://www.winetag.com.br/, podendo ser acompanhado pelo blog também, no canto inferior esquerdo da página.
Vinhos:
CHAMPAGNE
-Gosset Excellence Brut Sans Année- Gosset
ALSACE
-Gewurtztraminer d'Alsace 2004- Marcel Deiss
-Riesling d'Alsace 2008- Maison Dopff
VALE DO LOIRE
-Vouvray 2007- Guy Saget
-Saumur-Champingny 2008- Guy Saget
-Pouilly- Fumé 2006- Guy Saget
CRU DE BEAJOLAIS
-Moulin-à-Vent 2006- Loius Jadot
BOURGOGNE
- Chablis Premier Cru 2008- Joseph Frouhin
- Chablis Grand Cru 2007 (Les Bougros)- Willian Fevre
SUD-OUEST
-Chateau Haut- Serre 2005 - C. Haut Serre
LANGUEDOC
-Mas Belles Eaux 2005-Sante Helene
PROVENCE
-Chateau Vannières 2006- C. Vannières
GIGONDAS
-Sélection Laurence Féraud 2004- L. Féraud
CHATENAUF-DU-PAPE
-Haut Pierre 2007- Maison Delas
HERMITAGE
-Marquese Della Taurrette 2006- Maison Delas
BORDEAUX
-Sauternes Les Carmes de Rieussec 2006- C. Rieussec
BOURGOGNE
-Chassagne-Montrachet 2005 Premier Cru- Clos S. Jean
-Morey-St-Denis 2004- Domaine des Lambrays
-Chambolle-Musingny 2006- Bouchard Père e Fils
-Pommard 2006 Premier Cru- Bouchar Père e Fils
BORDEAUX
-Margaux Grand Cru Clasée 2006- C. Boyd-Cantenac
-Pauillac 2006- La Coste Barie
-Saint-Emilion Grand Cru Classé 2006- C. Quinault
-Pommerol 2006- Chateau Le Bon Pasteur
Foto: Revista Deguste
domingo, 18 de julho de 2010
Excentricidadades no Mundo do Vinho
O mundo é fértil em absurdos, em singularidades, em excentricidades, em originalidades para todos os gostos. No mundo do vinho não é diferente, também aqui encontramos exemplos de acessórios raros, de inutilidade e de imaginação descontrolada.
“DECANTER” COM TAMPA E BOMBA DE VÁCUO
É um “decanter” que dispõe de uma tampa hermética acessória que pode ser selada com uma bomba de vácuo. A bomba de vácuo, por sua vez, inclui um mostrador que anuncia a pressão dentro do “decanter”. Basta atingir o indicador vermelho para saber que o vácuo está assegurado! Inteligente e prático
É um “decanter” que dispõe de uma tampa hermética acessória que pode ser selada com uma bomba de vácuo. A bomba de vácuo, por sua vez, inclui um mostrador que anuncia a pressão dentro do “decanter”. Basta atingir o indicador vermelho para saber que o vácuo está assegurado! Inteligente e prático
O Wine cliping é uma mola de plástico prateada que se coloca no gargalo de uma garrafa. Com os seus 6 fortes ímanes para destruir e desdobrar taninos, depósitos e todas as outras impurezas que possam existir no vinho. No momento em que o vinho é servido, ao passar pela mola, o vinho é libertado de todos os defeitos e excessos! Explicação científica para o fenómeno? Segundo o fabricante, os fortes campos magnéticos gerados pelos 6 ímanes atraem as “moléculas maiores, as mais adstringentes e menos aromáticas”.
UM PIRES QUE DESPERTA OS AROMAS DO VINHO
Infinitamente mais útil, o Wine Enhancer que garante conseguir dominar todos os taninos ásperos, abrir o aroma do vinho e eliminar as dores de cabeça provocadas pelo consumo do vinho. Se apresenta numa espécie de pires em acrílico, com um fundo de cobre e muitos cristais coloridos no interior. Supostamente basta apoiar a garrafa em cima do pires para que o vinho abra quase instantaneamente, tornando-se mais redondo e suave.GARRAFEIRA ESPECIAL… PARA UMA SÓ GARRAFA
Tem uma garrafa verdadeiramente especial que queira preservar para sempre? Uma garrafa excepcional que mereça todos os mimos e atenções? Então a solução é o Angelshare WA1. A garrafeira mais exclusiva, mais narcisista e mais individualista do mercado. Porque nela cabe apenas uma garrafa. Uma só garrafa! Desenhada por Michio Akita, promete guardar a sua garrafa tão especial num ambiente seguro e esteticamente privilegiado. A guarda é assegurada pelas condições de humidade ideais, pela temperatura sem flutuações, por estar isenta de vibrações, por ser refractária aos raios ultravioletas. Também é conhecida por ser absurdamente cara.O Consumo dos Jovens
Na London Wine & Spirits Fair 2010, o grupo de consultores Wine Intelligence mostrou diversas pesquisas e relatórios que tentavam explicar o comportamento dos consumidores jovens. O estudo mostrou que o número de consumidores de vinho com menos de 35 anos é grande, sendo os canadenses que somam a maior quantidade, mais de 6 milhões, eles bebem pouco ou moderadamente quantidade de vinho. Ainda de acordo com a pesquisa, na hora da compra, em primeiro lugar, os jovens levam e conta recomendações dos amigos e familiares; em segundo, a variedade da uva; em terceiro, as ofertas e promoções; em quarto o reconhecimento da marca; em quinto, o país de origem da bebida.
Fonte: Revista Adega
sábado, 17 de julho de 2010
Pinot Noir, Sinônimo de Elegância
A Pinot Noir é uma casta tinta, originária da França, que tem como natal a Borgonha,com cerca de 2 mil anos de antiguidade. Para muitos, a casta mais sublime e elegânte que existe.
Por ser tão antiga, a Pinot Noir originou toda uma família de uvas: Pinot Gris e Pinot Blanc. Além disso, segundo recentes estudos de DNA, 16 castas distintas têm a Pinot Noir na sua origem, dentre elas: Chardonnay, Gamay, Melon de Bourgogne (Muscadet) e Auxerrois (Malbec). O cultivo em outras partes do mundo só começou na década de 1990 (Nova Zelândia, Califórnia, Oregon, Austrália).
A Pinot Noir não se adapta em qualquer região. É uma casta muito difícil de cultivar. Para muitos só existe uma região com a capacidade de produzir bons vinhos com esta variedade, a Borgonha. POdemos encontrarbons exemplares com a uva Pinot Noir fora da Borgonha, mas digamos que, com exceção do Vale do Loire, são raros. Sancerre é uma sub-região do Loire especializada em Pinot Noir. Os Sancerre (tintos) são elaborados a base da Pinot Noir e muito apreciáveis. De um modo geral, são mais rústicos e menos elegantes, porém com uma boa tipicidade e marcante caráter. Outros bons Pinot Noir que merecem destaque são encontrados na Nova Zelândia e Califórnia.
Esta variedade necessita de clima fresco bem equilibrado. Floresce e amadurece mais cedo. O excesso de frio produz vinhos pálidos e pouco complexos. Já o excesso de calor provoca sabores e aromas excessivamente tostados e de geléias, afastando a elegância marcante.
Em linhas gerais, os aromas primários mais encontrados são: frutas vermelhas (cereja, framboesa, morango, ameixa), florais (violeta, rosas), especiarias (alcaçuz, açafrão, canela, orégano, chá verde) outros (vegetação rasteira, terra molhada, chão de terra, almíscar, azeitona preta). Com o tempo de guarda, os melhores vinhos podem apresentar: amadeirados (sândalo, incenso, cedrinho), animal (couro velho, suor), outros (ervas, especiarias, funghi, trufa).
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A Globalização do Gosto nos Vinhos
O vinho é talvez o maior fruto da comunhão do homem com a natureza. Algumas vezes, em certos vinhos, apenas provando já sabemos de onde vieram as uvas que lhe deram origem, sua identidade ou também terroir, expressão francesa que designa o conjunto de fatores naturais (solo, subsolo, insolação, microclima etc) que influenciam a qualidade das uvas.
A "globalização do gosto" é uma tendência atual de em produzir vinhos parecidos entre sí, sem respeitar o terroir, vinhos feitos para obter altas notas com os críticos (em particular Robert Parker), com muita fruta, uvas extremamente maduras, com forte presença do gosto de carvalho e de teor alcoólico alto.
Uma das principais razões para todo este furor do vinho globalizado acompanha o consumo mundial, o mercado de vinhos teve grande crescimento nas últimas décadas graças aos novos bebedores, principalmente no maior mercado de vinhos do mundo, os EUA. Grande parte destes novos consumidores de vinhos se identificam com o estilo "parkerizado". Em consequência, muitas vinícolas ao redor do mundo buscam produzir vinhos que atendam esse gosto.
A tendência é de os vinhos siguam um padrão de gosto, principalmente nos produtos de menor preço. Porém, esse padrão significou também uma melhoria na qualidade dos vinhos em todo o mundo, contribuindo para aumentar a formação de um enorme mercado consumidor. A esperança é que estes novos apreciadores desenvolvam seu paladar e busquem novos gostos, descubrindo o enorme universo de variedas e diversidade de estilos que só o vinho pode oferecer.
A todos os profissionais e apreciadores de vinhos, o uso da sensibilidade e equilíbrio na compreensão da natureza e da indústria é de extrema importância. Saber diferenciar e apreciar cada estilo de vinho, consciênte de que nem sempre o vinho mais aclamado e mais pontuados devem ser tomados como referência de qualidade.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
A Simplicidade com Estilo dos Rosés
Devido a nossa cultura gastronômica, o vinho rosé sempre foi visto como um vinho de segunda categoria, a sua cor era feminina no universo de bebedores homens. Atualmente a má fama dos rosés começa a se abater, e impor uma nova fase de vinhos rosés de boa qualidade e elegântes. A maior procura pelo lazer junto as praias, o sol e o calor impõem gastronomia mais ligth e é aqui que o Rosé tem o seu lugar de eleição.
Podemos dizer que o Rosé está colocado entre os tintos e os brancos. A sua cor em algumas regiões está completamente padronizada, tal como os millesimées da Provença. Vão desde a cor de casca de cebola, salmão, rosa pálido e o rosado da groselha.
Para uma melhor compreensão destes vinhos, talvez seja útil uma breve definição do seu modo de elaboração. Existem duas técnicas de vinificação, cada uma responsável por perfis de provas diferentes. Um vinho rosé pode se obter do mosto proveniênte exclusivamente de uvas tintas ou da mistura de um vinho branco e tinto, embora este último procedimento esteja praticamente em desuso e, inclusive, proibido em muitos países. Por exemplo, na França esta prática só é permitida, nos rosés da região de Champagne, que podem incluir uma mistura de uvas brancas da casta Chardonnay e tintas Pinot Meurier e Pinot Noir. Mas no caso dos vinhos tranquilos, os rosés de qualidade são obtidos a partir de uvas tintas.
ESMAGAMENTO
Um rosé pode ser obtido pelo esmagamento de uma uva de pele tinta – a cor concentra-se na película e a cor do sumo que flui depois do esmagamento será muito leve. Depois de uma vinificação do mosto idêntica à do vinho branco, o enólogo obterá um vinho rosado. As características gustativas de um rosé elaborado através deste método são algo semelhantes às de um vinho branco.
SANGRIA
Inicialmente, as uvas são vinificadas como se fosse elaborar um vinho tinto. Quando o enólogo estima que a cor do mosto alcançou a intensidade desejada, “sangrará” a cuba, isto é, separará o mosto das partes sólidas. O sumo obtido prosseguirá a sua fermentação seguindo o modelo de um vinho branco. As cores finais são mais intensas, segundo o perfil que o enólogo pretenda atingir. O rosé de sangria possui uma certa riqueza taninosa e parecerá mais vinoso que o rosé obtido por esmagamento. Em ambos os tipos, o mosto vinifica-se geralmente a baixa temperatura e certas leveduras aromáticas desenvolvem o potencial de fruto que terá o vinho final.
OS AROMAS
Um vinho rosé deve ser aromático. Todo o seu encanto residirá na sua variedade de aromas, no carácter floral ou frutado, apesar da sua relativa simplicidade. Podemos assim encontrar a seguinte gama de aromática:
Um vinho rosé deve ser aromático. Todo o seu encanto residirá na sua variedade de aromas, no carácter floral ou frutado, apesar da sua relativa simplicidade. Podemos assim encontrar a seguinte gama de aromática:
■ Série floral: flor de laranjeira, flor de pessegueiro, flor de videira, rosa, tília, íris, violeta, cravo ou urze, giesta, flores secas.
■ Série frutada: cereja vermelha, groselha, romã, amêndoa fresca, morango, framboesa, groselha preta, damasco, pêssego, pêra, maçã, citrinos como a toranja, a tangerina, ou a laranja, frutas exóticas como a líchia, o ananás, a banana ou o figo fresco. Os frutos secos estão pouco presentes. O frutado deve ter um carácter primário, com notas de frescura.
■ Série vegetal: folha de groselha preta, pimento.
■ Série fermentária ou amílica: levedura, rebuçado de frutas. Raramente serão manifestadas as séries de madeira, de especiarias, balsâmica ou animal.
SABORES
Um rosé deve ser refrescante. O seu equilíbrio será julgado segundo o seu carácter ácido, a sua maturidade, o seu volume, a sua potência alcoólica e a presença ou não de taninos. Observa-se qualidade do ataque, que deve ser franco e aromático: o vinho deve falar desde a sua entrada na boca. Um bom rosé ocupa imediatamente o paladar graças à sua amplitude. O componente ácido será perceptível mas equilibrado. Um rosé que lhe falte acidez parecerá pesado, o álcool sobressairá com vulgaridade. Por outro lado, um rosé demasiado ácido parece verde e irritante. A qualidade aromática na boca constitui a atracção do rosé. A correspondente potência taninosa dá-lhe o seu corpo. Este não deverá ser muito pesado nem muito estruturado.
VERSÁTILIDADE
Os rosés são extremamente flexíveis, acompanhando carnes leves, peixes, massas, pizzas, e, por que não, uma sanduíche depois da praia. Frequentemente, os rosés são bebidos em boa companhia, em agradáveis fins de tarde, entre amigos e a brindar uma conversa descontraída.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Taças Riedel: Valorizar o Sabor do Vinho
Com uma tradição de quase três séculos, a perfeccionista família de origem austríaca mudou completamente a história das taças de vinho, abandonando os modelos de pequena capacidade, grossos e lapidados, em favor de taças grandes e finas, impecavelmente transparentes e produzidas artesanalmente com o mais fino cristal, uma para cada tipo de vinho.
“Hoje, muitos enófilos mencionam Riedel com a mesma reverência com que dizem Yquem, Gaja ou Lafite. Para amantes do vinho ao redor do mundo, não há absolutamente nenhuma dúvida que os copos Riedel são os melhores e mais funcionais”, afirmou a revista Wine Spectator.
Em suas linhas de taças (Sommelier, Vinum, Vinum XL, Grape, Vitis e Wine), os formatos e tamanhos dos bojos são meticulosamente desenhados para que todo bom vinho possa mostrar e valorizar ao máximo as suas qualidades. “O efeito que estas taças exercem sobre o vinho é profundo. Não é possível dizer o suficiente, elas fazem uma enorme diferença”, enfatiza o crítico Robert Parker.
“Hoje, muitos enófilos mencionam Riedel com a mesma reverência com que dizem Yquem, Gaja ou Lafite. Para amantes do vinho ao redor do mundo, não há absolutamente nenhuma dúvida que os copos Riedel são os melhores e mais funcionais”, afirmou a revista Wine Spectator.
Em suas linhas de taças (Sommelier, Vinum, Vinum XL, Grape, Vitis e Wine), os formatos e tamanhos dos bojos são meticulosamente desenhados para que todo bom vinho possa mostrar e valorizar ao máximo as suas qualidades. “O efeito que estas taças exercem sobre o vinho é profundo. Não é possível dizer o suficiente, elas fazem uma enorme diferença”, enfatiza o crítico Robert Parker.
O formato da taça envolve técnicas estudadas a minimos detalhes. Os recipientes foram desenvolvidos para conduzir o vinho para a boca e o nariz de maneira a realçar cores, aromas e sabores do fermentado, o que influencia no resultado. Para quem duvida, basta testar. Um paladar minimamente aguçado sentirá a diferença ao beber um mesmo vinho em taças completamente diferentes.
Os engenheiros e designers da Riedel encaram as características olfativas e gustativas do vinho como elas são: processos químicos. E trabalham fortemente na valorização dos aromas e na engenharia do formato da taça, planejada para atingir determinadas áreas da língua que identificam o doce, o salgado, a acidez e o amargo. O desenho da taça de um Bordeaux, por exemplo, faz o líquido escorrer para o centro da língua, o ponto que percebe a sensação encorpada do vinho. Antes de serem lançados no mercado, variações dos modelos são testados junto aos produtores, sommeliers e especialistas, até se chegar no ponto de excelência.
sábado, 3 de julho de 2010
Cerveja Mais que Especial
A Cuvée Van de Keizer é uma safra anual especial das Gouden Carolus. Produzida pela Cervejaria Het Anker, ela é feita apenas no dia 24 de fevereiro, dia do aniversário de Charles V, personagem homenageado com o nome da cerveja.
Charles V nasceu em Gent, Bélgica. Foi Imperador espanhol – um dos últimos a ser coroado por Papas - ainda na época em que a Bélgica não era um país independente. A Van de Keiser se enquadra no estilo belgian strong dark ale. Sua primeira produção ocorreu em 1999, para celebrar os 500 anos do nascimento do Imperador, e desde então anualmente ela é produzida. Ela passa um ano maturando em caves antes de chegar às prateleiras.
A própria cervejaria indica a guarda dela por até 10 anos, já que este é o tempo pelo qual ela já pôde ser testada e de certo aprovada.
De 1999 até 2002, a Cuvée Van de Keizer foi produzida com teor alcoólico de 8,5%. Em 2003, teve o teor aumentado para 10% e a partir de 2004, passou a 11%.
Tendência: Primitivo Di Manduria
Apesar do grande prestígio que gozam as regiões mais setentrionais, o sul da Itália é o verdadeiro berço do vinho italiano. É a ela que os gregos se referiam quando chamavam a península de Enotria , a “Terra dos Vinhos”, quando ali estabeleceram suas colônias, tal a boa adaptação da videira nesta terra de colinas e planícies de clima ameno.
Esta região mediterrânea, graças à sua posição geográfica de proximidade com o Oriente Médio e o norte da África, sofreu a influência de vários povos e culturas que cruzavam este mar interior, tendo sido a grega a mais marcante. Esta Itália helenizada era conhecida como Magna Grécia e a influência da cultura grega do vinho sobre ela foi enorme.
A primitivo é uma das uvas típica do sul da Itália e autóctone da região de Puglia, mas é da pequena cidade de Manduria que alcança níveis fantásticos – este DOC já é chamado de Amarone do sul. Produz vinhos tintos escuros, encorpados, concentrados e muito prazeirosos, cheios de frutas vermelhas.
Muitos afirmam que a Primitivo é a mesma uva da Zinfandel, que é típica da Califórnia, mas aparentemente são duas “filhas” de uma mesma casta croata chamada Plavac Mali.
Um bom exemplar desta cepa pertence a cantina Feudi di San Marzano em Puglia, ou Apulia é projeto de Valentino Sciotti. Ele achou a Cantina Social di San Marzano por engano, e com sua tradição em produção de vinho, percebeu que ali havia potencial. Com pequenas mudanças na adega, e com Mario Ercolino como chefe para os produtores de vinho, ele produziu vinhos modernos com notável expressão.
Vinho Luccarelli Primitivo Di Manduria DOC é um exemplar de vermelho rubi intenso. Aroma complexo, frutado, geléia de cereja e amora. Notas de tabaco e especiarias. Encorpado, suave e rico em taninos, notas de cacau, café, e baunilha no final. Acompanha vários pratos de carnes levemente condimentados, embutidos ou churrasco . Um grande vinho!
Confira os vinhos da vinícola: Feudi Di San Marzano
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A Bonarda na Argentina
Na Argentina, praticamente só se fala em Malbec, deixando de lado, muito injustificadamente, a Bonarda, cuja imagem ainda é ligada aos vinos gruesos baratinhos. É muito mais fácil provar e gostar dos tintos feitos com a Bonarda na Argentina do que identificar a origem dessa uva. A cada dia surge mais um Malbec concentrado, alcoólico, caríssimo. Muitos conseguem aliar a potência à elegância, mas tenho encontrado mais os do tipo potente e alcoólico. Isso vem tornando mais atraentes os Bonardas modernos, amigáveis, elegantes, feitos com uvas de videiras antigas que amadureceram corretamente.
Todos os vinhos do Novo Mundo vieram, naturalmente, da Europa, começando pelas plantações feitas pelos padres, que precisavam de vinho para a missa. Os imigrantes completaram o trabalho. Na Argentina, muitos grupos de imigrantes transplantaram suas uvas e técnicas: Tempranillo (Espanha); Barbera, Sangiovese, Bonarda (Itália).
Os italianos devem ter levado a Bonarda para a Argentina, onde ela se deu muito bem e propagou-se rapidamente, principalmente na zona plana mais quente da Província de Mendoza, distante das áreas mais valorizadas localizadas nas fraldas dos Andes.
A Bonarda foi bem aceita pelos vinhateiros, pois dava vinhos com muita cor e frutas. Na primeira metade do século passado a qualidade não importava tanto, o negócio era produzir vinhos baratos e populares. Com isso, a Bonarda foi, por longo tempo, a uva mais plantada, pois produzia muito (a Malbec passou a ser a mais plantada há relativamente pouco tempo).
Mas que Bonarda era aquela? Só no Piemonte, existem vários tipos. Estudos recentes dizem que ela está relacionada à Dolceto, mas atualmente, é mais aceita a teoria de que se trata da Corbeau, uma uva francesa, da região do Jura.
Com a enorme queda no consumo de vinos gruesos, que muitas vezes eram consumidos com água gaseificada, os produtores passaram a tratar a Bonarda como ela merece, fazendo tintos alegres, cheios de fruta, com menos álcool, fáceis de beber. Ótimas opções para os colossos feitos com a Malbec.
Fonte: O Estadão
Todos os vinhos do Novo Mundo vieram, naturalmente, da Europa, começando pelas plantações feitas pelos padres, que precisavam de vinho para a missa. Os imigrantes completaram o trabalho. Na Argentina, muitos grupos de imigrantes transplantaram suas uvas e técnicas: Tempranillo (Espanha); Barbera, Sangiovese, Bonarda (Itália).
Os italianos devem ter levado a Bonarda para a Argentina, onde ela se deu muito bem e propagou-se rapidamente, principalmente na zona plana mais quente da Província de Mendoza, distante das áreas mais valorizadas localizadas nas fraldas dos Andes.
A Bonarda foi bem aceita pelos vinhateiros, pois dava vinhos com muita cor e frutas. Na primeira metade do século passado a qualidade não importava tanto, o negócio era produzir vinhos baratos e populares. Com isso, a Bonarda foi, por longo tempo, a uva mais plantada, pois produzia muito (a Malbec passou a ser a mais plantada há relativamente pouco tempo).
Mas que Bonarda era aquela? Só no Piemonte, existem vários tipos. Estudos recentes dizem que ela está relacionada à Dolceto, mas atualmente, é mais aceita a teoria de que se trata da Corbeau, uma uva francesa, da região do Jura.
Com a enorme queda no consumo de vinos gruesos, que muitas vezes eram consumidos com água gaseificada, os produtores passaram a tratar a Bonarda como ela merece, fazendo tintos alegres, cheios de fruta, com menos álcool, fáceis de beber. Ótimas opções para os colossos feitos com a Malbec.
Fonte: O Estadão
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