
Todos os vinhos do Novo Mundo vieram, naturalmente, da Europa, começando pelas plantações feitas pelos padres, que precisavam de vinho para a missa. Os imigrantes completaram o trabalho. Na Argentina, muitos grupos de imigrantes transplantaram suas uvas e técnicas: Tempranillo (Espanha); Barbera, Sangiovese, Bonarda (Itália).
Os italianos devem ter levado a Bonarda para a Argentina, onde ela se deu muito bem e propagou-se rapidamente, principalmente na zona plana mais quente da Província de Mendoza, distante das áreas mais valorizadas localizadas nas fraldas dos Andes.
A Bonarda foi bem aceita pelos vinhateiros, pois dava vinhos com muita cor e frutas. Na primeira metade do século passado a qualidade não importava tanto, o negócio era produzir vinhos baratos e populares. Com isso, a Bonarda foi, por longo tempo, a uva mais plantada, pois produzia muito (a Malbec passou a ser a mais plantada há relativamente pouco tempo).
Mas que Bonarda era aquela? Só no Piemonte, existem vários tipos. Estudos recentes dizem que ela está relacionada à Dolceto, mas atualmente, é mais aceita a teoria de que se trata da Corbeau, uma uva francesa, da região do Jura.
Com a enorme queda no consumo de vinos gruesos, que muitas vezes eram consumidos com água gaseificada, os produtores passaram a tratar a Bonarda como ela merece, fazendo tintos alegres, cheios de fruta, com menos álcool, fáceis de beber. Ótimas opções para os colossos feitos com a Malbec.
Fonte: O Estadão
Oi, muito legal esta matéria!
ResponderExcluirA gente importa no Brasil um vinho produto com esta variedade: Dolce Stefania Bonarda da Naiara Wine
http://champagne-vinho.com.br/produtos/vinho/dolce-stefania-bonarda
Abs