quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aumento da Temperatura Global Muda a Geografia do Vinho

Caso a temperatura global siga subindo, muitas região produtoras mundialmente famosas poderam ser afetadas, resultando em vinhos com diferentes características e adaptações de novas uvas para determinadas regiões.

Com o aumento de 2 graus celsius, mudará totalmente a geográfia no planeta. A grosso modo, as áreas de vitivinícolas com potêncial e qualidade situam-se em uma faixa latitudinal em cada hemisfério. Com a mudança climática, as regiões com potêncial de qualidade irão se deslocar para mais longe da linha do equador, ou seja, mais próximas dos pólos, favorecendo os países de clima frio.
Como o clima é apenas um dos fatores decisivos para a produção de um vinho de renome (ao lado do solo, da qualidade das parreiras e da tecnologia), há quem acredite que, as regiões tradicionais como a França não perderão a dianteira - desde que estejam dispostas a usar espécies que se adaptem às novas condições.
As regiões mas tradicionais da Argentina e Chile, devem ser afetadas negativamente pelo aumento da temperatura. No Brasil, na Serra Gaúcha, o aquecimento deve fazer com que a região se concentre mais na produção de espumantes.
Champagne, nordeste da França, o leve aumento de temperatura está benificiando os vinhos da região, tornando-os mais redondos, mas se o calor aumentar, as uvas perderão acidéz, o que é sumamente importante para a fabricação de seus espumantese champgnes.

Borgonha, leste da França, é provável que os produtores tenha que substituir seus famosos vinhos feitos à base de Pinot Noir, por outra uva que se adapte melhor a esta temperatura.

Alemanha, específicamente no Vale do Reno, região conhecida pelos seus vinhos brancos a partir da uva riesling, que é uma variedade que necessita de zonas bem frias para se desenvolver.

Califórnia, nos EUA, que já possui um clima mais quente do que o necessário, pode perder seus vinhos de qualidade para outras regiões mais frias dentro dos EUA.
Autrália Meridional, o cultivo da espécie pinot noir e sauvignon blanc deve se tornar inviável, perdendo até 50% de qualidade para a produção de grandes vinhos.


Novas regiões podem se benificiar com isso, como por exemplo o Chile, a área de Bio-Bio, ao sul de Santiago, pode ser tornar uma região de destaque no país. No Brasil, a região que faz fronteira com o Uruguai pode se tornar a grande região vinícola.

Inglaterra pode se benificiar muito com isso, principalemnte nos condados de Kent e Surrey, que já possue produção. A Suécia, praticamente desconhecido como produtor de vinhos, o país escandinavo pode passar a produzir vinhos riesling de renome mundial.

Canadá, mais conhecido por produzir ice wine (um vinho doce, para acompanhar sobremesas), feito a partir de uvas congeladas ainda no pé, o Canadá pode se tornar uma potência vinícola na América do Norte.

Tasmânia (Austrália), apesar de produzir vinhos sem fama mundial desde a década de 1970, a Tasmânia, ilha ao sul da Austrália, pode se tornar a principal região produtora do país caso a temperatura siga aumentando.


Dados: Revista Superinteressante






Um comentário:

  1. Matéria muito bem selecionada.

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    Um brinde,

    Denys Roman
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