Acredito que muitos já viram no supermercado e nas lojas de vinhos, muitas garrafas substituindo as rolhas tradicionais de cortiça por rolhas sintéticas ou a chamada screw cap, que são as tampas de metal a rosca.
Sempre fica na cabeça do consumidor se estes novos sistemas de vedar os vinhos são invenções para diminuir os custos ou corresponde a um vinho de baixa qualidade. Bom, a verdade não é nenhuma das duas, comprar um vinho e deparar-se com uma rolha sintética ou até mesmo com o sistema screw cap não significa que está comprando um vinho de baixa qualidade.
O sistema tipo screw cap é o melhor tipo de "rolha" para vinhos tintos ou brancos. Para os brancos, por exemplo, a vantagem é que a tampa permite a degustação do vinho tal como o produtor o concebeu.
Porém, quando se trata dos vinhos de guarda, as opiniões se dividem, pois a rolha de cortiça permite uma entrada gradual de ar ao longo dos anos que ajuda no envelhecimento de vinhos finos e de caráter, mas tem em contra a sua fragilidade, principalmente pelo chamado TCA, que é uma fungo que ataca a cortiça, contaminando o vinho e causando a sensação desagradável na boca. Segundo a artigo publicado na site Quimica do Vinho, Cerca de U$ 10 bilhões são perdidos, anualmente, devido a contaminação do vinho com substâncias provindas da rolha. Até 5% das garrafas sofrem este mal. Dentre os compostos mais frequentemente associados ao “mal da rolha”, encontra-se o 2,4,6-tricloroanisol(TCA).
Deixo aqui algumas características de cada uma delas:
Rolha de Cortiça- Mais freqüente na França, Itália e Portugal. O oxigênio entra na garrafa lentamente, o que permite a maturação perfeita do vinho. Exige armazenamento mais cuidadoso. A umidade, por exemplo, pode atrair fungos à rolha.
Rolha sintética- Mais frequente nos vinhos argentinos, chilenos e norte americanos. O material é à prova de proliferação de fungos, mas são pouco elásticas, proporcionando uma vedação menos adequada.
Rolha screw-cap - Mais frequente na Austrália, Nova Zelândia e Chile. Dispensa saca-rolhas. Como impede a entrada de oxigênio, é contra-indicada, no caso de vinhos que terminam seu processo de amadurecimento na garrafas, mas é eficiêntes para vinhos já prontos para tomar.
Espero poder haver exclarecido algumas dúvidas a fim de que entendam e deixem de lado alguns mitos e preconceitos que rodeiam este tema.
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